Nem sei se é uma crônica
Estranho,
Acordei hoje com vontade escrever, mas sem nenhuma inspiração. penso que pode ser por que já escrevi muito sobre felicidade e amo, e enbora nunca se esgote esse tema, não quero hoje me repetir. Também já falei dos olhos do meu amado, de várias coisas que gosto, e de sonhos cor de rosa. Mas quero escrever, então, vou aqui lutando com as palavras. Nem sei que gênero literário é esse, acho que a maioria de meus textos não se encaixam em nenhum dos gêneros literários conhecidos. Não sou escritora, sou só amante das palavras, e das muitas formas que elas são colocadas. Tento organiza-las de forma que fique bonito, como nos livros diversos que li, porque adoro ler. Gostaria de um dia conseguir através desse "juntar" de palavras, levar as pessoas a mundos diferentes, como os que eu visito quando leio, mas como disse, não sou escritora. Talvez em alguns textos, o máximo que consiga seja levar um pouco da minha alma, e esse mundo é bem diferente de tudo que se pode ver.
Penso que escrever, seja isso, como uma escultura, onde você vai trabalhando com cuidado, com carinho, com alma, e vai dando forma até conseguir uma obra de arte. Com as palavras é assim. E como uma escultura, também nas palavras, muitas vezes o autor não sabe bem como será o trabalho final. As palavras vão surgindo, e ganhando vida própria. Os personagens das histórias vão ganhando personalidade e não aceitam mais qualquer destino. A história por menos poética que seja, ela é viva, e por mais inventada que seja, se torna verdade.
Quando um texto vem do que se sente, ele pode perder o sentido no segundo seguinte, mas ele já cumpriu seu papel, de traduzir em palavras, parte da alma do autor. Outra coisa engraçada, é que nem sempre se pode separar em alguns autores, o que é sentimento genuíno do que é sentimento insventado, aumentado ou mesmo trasformado. Mas o mais interessante na escrita é isso, você pode fazer como quiser. Alguns vão gostar, outros não vão. Mas com certeza, você vai gostar de ter escrito.
Assim é a escrita, tradução da alma humana, de seus universos. E assim sou eu, um universo em palavras, não geniais, mas genuínas.