DESDE QUANDO É PROÍBIDO SONHAR?
Enquanto escrevo bobagens sinto uma sombra a me rondar.
Será um sentimento vagando, fugitivo de algum peito ferido?
Sendo, entras na minha alma, e descansa por aqui.
Um modo de estar
Existir
Formar
Cumplicidade silenciosa no mesmo corpo
Com duas almas.
(Vagar / Yasmine Lemos
Fez-se dia e ela levantou com cara de Mater Dolorosa. Dirigiu-se ao banheiro, se pôs diante do espelho, mas não encarou a imagem refletida. Olhou pra si . descobriu que não se trocara na noite anterior para dormir. Começou a desvencilhar-se das roupas, o zíper da calça enguiçou e prendeu sua barriga, gritou de dor e soltou um impropério ; depois partiu para debaixo do chuveiro e lá permaneceu de molho por um bom tempo. Daí, ainda enrolada na toalha seguiu rumo à cozinha, de pé tomou sua vitamina de frutas, meia xícara de café com dois biscoitos cream craker. Aí se deu conta de que não tinha nada pra fazer e reclamou de si pelo insípido do dia, pela sensação de vazio. E se imaginou saindo por ai arrastando uma alma vadia e um coração calado. Mas não se viu subindo montanha para proclamar seus sentimentos. Então, lembrou-se da poeta e por que não - feita ela -escrever bobagens e esperar que algum sentimento também entre dentro dela, tome forma e passe existir num só corpo duas almas.
Gostou da idéia de existir num só corpo duas almas... Trocou por um sorriso largo a sisudez de Mater Dolorosa e se pôs a imaginar convivendo dentro de si alguém para quem repetiria feito mantra: eu te amo/ eu te amo /eu te amo.
Daí, para escalar a montanha, foi só o tempo de calçar as botas. Com certeza, carregaria dentro de si o alguém para quem proclamaria o seu... eu te amo / eu te amo / eu te amo.
Afinal, desde quando é proibido sonhar...?
Enquanto escrevo bobagens sinto uma sombra a me rondar.
Será um sentimento vagando, fugitivo de algum peito ferido?
Sendo, entras na minha alma, e descansa por aqui.
Um modo de estar
Existir
Formar
Cumplicidade silenciosa no mesmo corpo
Com duas almas.
(Vagar / Yasmine Lemos
Fez-se dia e ela levantou com cara de Mater Dolorosa. Dirigiu-se ao banheiro, se pôs diante do espelho, mas não encarou a imagem refletida. Olhou pra si . descobriu que não se trocara na noite anterior para dormir. Começou a desvencilhar-se das roupas, o zíper da calça enguiçou e prendeu sua barriga, gritou de dor e soltou um impropério ; depois partiu para debaixo do chuveiro e lá permaneceu de molho por um bom tempo. Daí, ainda enrolada na toalha seguiu rumo à cozinha, de pé tomou sua vitamina de frutas, meia xícara de café com dois biscoitos cream craker. Aí se deu conta de que não tinha nada pra fazer e reclamou de si pelo insípido do dia, pela sensação de vazio. E se imaginou saindo por ai arrastando uma alma vadia e um coração calado. Mas não se viu subindo montanha para proclamar seus sentimentos. Então, lembrou-se da poeta e por que não - feita ela -escrever bobagens e esperar que algum sentimento também entre dentro dela, tome forma e passe existir num só corpo duas almas.
Gostou da idéia de existir num só corpo duas almas... Trocou por um sorriso largo a sisudez de Mater Dolorosa e se pôs a imaginar convivendo dentro de si alguém para quem repetiria feito mantra: eu te amo/ eu te amo /eu te amo.
Daí, para escalar a montanha, foi só o tempo de calçar as botas. Com certeza, carregaria dentro de si o alguém para quem proclamaria o seu... eu te amo / eu te amo / eu te amo.
Afinal, desde quando é proibido sonhar...?