Futebol e(é) paixão

A Copa do Mundo está chegando. O maior evento que temos ocorre de 4 em 4 anos e atrai os olhares do mundo inteiro. Qualquer a atividade é colocada em segundo plano e paramos para assistir aos jogos da seleção que está nos representando. É o auge para todos os amantes desse esporte, o momento que cada detalhe é importante. Para o país que está sediando os jogos é a hora de mostrar todas as suas qualidades, infra-estrutura, carisma, tudo o que antes ninguém estava prestando atenção; para os competidores é o momento de glória que pode se tornar um pesadelo, minutos jogados que esperam desde que escolheram esta profissão; e para os torcedores, espectadores é a festa tão aguardada durante os longos 4 anos. Torcer com sua seleção, sua esperança posta em um ou dois grandes jogadores que admira e vibrar no êxtase do futebol: o gol. Podemos encontrar este cenário em todos os países, até aqueles que não têm nenhuma tradição para o esporte, mas que se agarram em alguma seleção simpática aos seus olhos.

No Brasil, esse clima é elevado em dez vezes mais que nos outros. Não vemos outro país em que o futebol é uma paixão. Talvez a Argentina, a Itália chegam próximas ao que os brasileiro sente, mas não é igual. O futebol no Brasil transforma os torcedores em apaixonados. Um esporte que mexe com os sentimentos e emoções de seus admiradores como qualquer outra coisa não consegue. Já podemos ver isso na semana que passada: na convocação dos jogadores que disputarão a Copa com a camisa amarela da seleção brasileira. Apoio, questionamentos, elogios, coerência, xingamentos; tudo isso destinado ao técnico Dunga que divulgou seus 23 escolhidos. Mesmo com tudo esclarecido na cabeça de jornalistas, cronistas, blogueiros, torcedores, a surpresa com os nomes foi total. De um lado a comissão técnica apoiada no argumento da coerência e de patriotismo para levar tais jogadores, do outro o espanto com a teimosia (termo utilizado pela imprensa) do treinador, misturado com as opiniões de todos os apaixonados por futebol. Uma lista de nomes que gerou discussões em mesas de bar, rodas de pessoas nas faculdades, escolas, empresas, etc.. Todos comentando (em tempo real) o que discordavam e concordavam.

Porém mesmo assim, depois de todo o cenário descrito, de tudo o que vimos e ouvimos,uma coisa não mudou, não muda e não mudará: continuaremos torcendo para a seleção brasileira conquistar mais um título. O que é claro, será comemorado como se fosse o primeiro.