Desabafo de um escravo sul-americano
(Estrada-Humana – Otávio Costa)
Pondo as idéias em ordem, não estamos construindo a história, estamos sim dando seguimento à história, são tantos Franciscos, Marias, Antônios, e Julias que transitam pelos caminhos sem entender, passivos aos estragos feitos na América Latina, não encontraremos respostas enquanto não propormos perguntas, algum sentido tem quando se fala em revolução, as páginas do livro de história, empoeiradas e emboloradas, contam um monte delas, umas deram certo, outras se colocam ainda em processo de conscientização, não fossemos subalternos ao sistema que guela a baixo nos introduz tantas pílulas para solucionar problemas, instigando-nos a tomar para reparar dores que eles mesmos nos faz sentir, talvez acenassem para juntos reunir força, estrutura, educação e condições para transformar a sociedade por meio dessas revoluções que o livro conta, estudando estas revoluções, criaremos a nossa, pautada na verdade, justiça social, reformas inclusiva a agrária, e igualdade entre os homens. Conheci grandes revolucionários sul-americanos no livro de história, Paulo Freire, Ernesto Che Guevara, Chico Xavier, Antônio Conselheiro, Chico Mendes, Zapata, Maria Quitéria, Luiz Carlos Prestes, Joana Angélica, Helder Câmara, Irmã Dulce, João Amazonas, entre outros, bandeiras que defenderam aspirações do povo e bem estar.
A sociedade brasileira hoje, terá que tomar a linha de frente na luta moral, dando passos significativos para as mudanças necessárias, novos valores que norteia nossos falsos méritos, evitando o consumismo, por certo valorizaremos como herança aquele livro de história, embalando os sonhos de homens e mulheres que viveram, trabalharam e morreram lutando por nobres causas, a liberdade de um povo escravizado no terceiro mundo.