Minha primeira professora
Minha primeira professora
Bem novinha pra escola entrei, tinha só seis aninhos, da turma era a menorzinha. Foi quando conheci minha primeira professora, seu nome era Diná e me encantei por sua beleza, elegância e meiguice.Ela era toda, amor, que transparecia em seus gestos delicados
Dona Diná professora querida, que com calma e paciência me ensinou o BE a BA. Por ser tão pequenininha, sua atenção para mim se voltou, se entusiasmou com meu progresso e vontade de estudar. Sempre um elogio tinha para me dar. A ela tanto me apeguei, que não saia de casa, sem uma flor colhida no jardim, para lhe agradar. Recebia a simples florzinha com tanto entusiasmo que parecia que um tesouro havia lhe entregado. O ano passou, voou e Dona Diná, no ano seguinte só de vista via , mas a florzinha nunca deixei de levar.
Quando batia o sinal de saída da escola, me esperava, com a florzinha na mão, onde segurava os livros, o outro braço me passava pelo ombro de criança e comigo conversando caminhava rua abaixo, até onde nos separávamos, e cada uma seguia seu lado. Por quatro anos essa companhia querida eu compartilhei com a minha primeira professora querida, que tanto me ensinou, bons exemplos e conselhos dela recebia , ela representava para mim um modelo a ser seguido.
Fui crescendo, mas de Dona Diná nunca esqueci, quando um tempinho tinha a ela ia ver, não esquecia da florzinha levar. Tornei-me adulta, como ela a mesma profissão segui, continuei a visitá-la. Levei-lhe um lindo arranjo de rosas que na floricultura fui comprar, ela agradecida falou, são lindas, mas a florzinha de sua infância tinha seu amor. Deste dia em diante sempre ao visitá-la, só levava a florzinha simples que em meu jardim colhia.
Aos meus filhos ela se apegou e minha caçula sua predileta se tornou. Quando nasceu minha neta, ela feliz se emocionou dizendo que tinha uma neta pois como filha sempre me considerou. Se não podia ser avó de sangue, sua única filha, filhos não podia ter, pelo menos era pelo coração. Minha pequena netinha era sua adoração, não podia ficar muito tempo sem ver. Mesmo com a idade, aos pequenos só sabia amar. Acho que por isso Deus resolveu lhe chamar, para dar amor e carinho a todas as criancinhas que desta vida já partiram
Dona Diná com certeza lá na outra vida, com a mesma paciência e carinho continua o BE a BA a ensinar, aos pequenos que hoje moram na casa de Deus, com todo seu amor que nesta vida nunca a eles negou