Porventura

Se eu admitir que a minha intenção de mudar toda a desilusão do passado foi colocada em prática, você acreditaria?!

Se eu te disser que daquelas palavras todas só me restaram as que ainda quero dizer, você ainda leria?!

Tudo que ousei não mais fazer, eu fiz!

Toda doação que me fez resistir por orgulho foi embora, e sabe, o amor ainda é pouco! Tão pouco que ainda não ouvi aquela frase que te jurei nunca mais dizer. E antes mesmo que achasse cedo, timidamente, eu disse!

Hoje desejo tanto e não tenho, como acreditar nesse tempo? Brevíssimo.

O coração estático se contrapõe ao tempo e a razão. Suporto a dor das minhas dúvidas porque a esperança ainda me faz crer numa mudança, num processo mais maduro de aceitação e partilha.

Só te peço que antes que tudo aqui dentro se sinta fatigado de certezas, me livre das imprudências que possa cometer, e me faça ter atitudes que não me arrependa.

No fundo, só quero te dizer que ainda dá tempo. Mas, por favor, invista no seu lado bobo, romântico, intacto de ser e me fazer feliz!