Dunga? Não, nem Dunga nem Zangado!

Não sei quem atribuiu ao nosso técnico da seleção o apelido de Dunga, deveria ser Zangado. Não, não vou aqui discutir a escalação, afinal não entendo quase nada de futebol, sou apenas uma das pessoas que se junta na frente da TV e torce pela nossa seleção em tempos de copa. Para mim futebol é diversão, é emoção, assim como outros esportes. Não sou como uma amiga que torce desesperadamente pelo São Paulo e que em dias de jogos importantes se tranca no quarto e só sai de lá duas horas depois para saber o resultado. Que graça tem isso? Claro que desejamos que o país torne-se hexa em Futebol, mas queremos também espetáculo, emoção e diversão. Aos 58 anos de idade muitas copas passaram por mim, lembro vagamente da de 58, mas ela está na memória do povo, um pouco mais da de 62, do fracasso da de 66, da emoção da mais linda das copas, a de 70. Tenho saudades da de 82, perdemos, é verdade, mas era um time maravilhoso, que nos dava emoção. Eu pergunto a muitos, alguém sentiu emoção quando nos tornamos tetra em 94? Dois dias depois nem se falava mais da tal copa. Em 70? Ora em 70 fizermos feriado, muitas casas comerciais assumiram o nome de Copa 70, sabíamos a escalação do time de cor, muitas crianças foram batizadas com o nome de Jair, Rivelino, ou Clodoaldo, para não falar nos Pelés e Tostões. O Carlos Caetano (Dunga) não se cansa de dizer que foi coerente ao escalar a seleção, isso eu não posso discutir, não vou discutir também se deveria levar o Pato, o Ganso ou o marreco. Futebol é espetáculo, é emoção, não quero ficar no quarto como faz minha amiga e só sair de lá quando o Brasil for hexa, quero torcer, quero vibrar e lembrar como conquistamos o hexa, assim como lembro claramente quando conquistamos o tri e a tristeza pela derrota de 82. Nem Dunga nem Zangado, nós queremos o Feliz.

Laerte Russini
Enviado por Laerte Russini em 12/05/2010
Reeditado em 06/06/2010
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