A criança e o lixo... Eles foram trocados...

A criança e o lixo...

Eles foram trocados...

Mª Gomes de Almeida

Neste dia das mães ou nos dias em que o antecedeu fomos tomados por notícias que felizmente muito nos deixou tristes (pior seria se não nos comovêssemos).

Um bebê, não um feto._Segundo definição do Aurélio. “O produto da fecundação, em animal vivíparo, depois de apresentar a forma da espécie” _Foi encontrado por um cachorro em um latão de lixo...

Como pode estar o coração de mãe dessa mãe, neste dia das mães?

O quê levou essa mãe a uma atitude que sequer a permitiu fazer um sepultamente digno da sua criatura?

Quantas mães em momentos de “desespero” simplesmente abandonam suas crias em latas de lixo, em lagoas, em lixões?

Elas, as mães, também são criaturas e frutos da nossa sociedade...

Tantas mulheres vagam de consultórios em consultórios atrás da chance de ser mãe...

E quantas mães tal qual as de Goiânia prefeririam ficar com os dois filhos, sem ter que desfazer o erro, o descuido, a desatenção?

Ambas amaram incondicionalmente ser nem mesmo saber quem amavam. Até que veio a desconfiança de um pai sem segurança.

E o DNA confirmou...

Os filhos deveriam ser agora destrocados.

Quantos corações despedaçados... Quanto “mal entendido...” A mãe não é a mãe, os irmãos não são mais irmãos...

São. São mães sim. Ambas agora têm dois filhos.

O primeiro ela amou sem se quer saber de onde vinha, o outro carne da sua carne... É possível não amá-lo?

E aquela que deixou o seu no lata de lixo?...

Resta-nos torcer que no próximo dia das mães, laaaaaaá no ano de 2011, seu coração já esteja sarado.

Que esta e tantas outras feridas já tenham cicatrizado.

Maria Gomes de Almeida
Enviado por Maria Gomes de Almeida em 10/05/2010
Código do texto: T2248144