COMO LIDAR COM A RECUSA DA REALIDADE?
O destino do córrego é o rio
O destino do rio é o mar.
O destino do mar é o horizonte.
0 horizonte, ilusão de não findar,
Transforma-se em infinito.
O infinito torna-se mistério.
E o mistério?
O mistério?
Está dentro de mim!
(Destinos/Assis Câmara)
Como lidar com a recusa da realidade? Isto Freud explica, mas complica, quando descreve a cisão do Ego, ele enfatiza que a recusa possibilita a crença de que “algo” simultaneamente existe e não existe.
O que me leva muitas vezes a não aceitação da realidade é a fascinação que tenho pelo sonho, o sonho dito acordado e que me leva ao mundo da fantasia, permitindo-me “supor que o corpo sonha porque é ele quem deseja fazê-lo sonhar”. Daí o processo imaginativo atua sobre mim e quando confrontado com a realidade sofre o impacto da não aceitação. Então, fico me debatendo e tentando, (feito o pintor/escritor Hans Bellmer - 1902/1975), ver com as mãos, escutar com a boca e emudecer com os braços e acrescento: a me perder em sonhos vazios. E a me lamuriar...
...Ah, se me fosse possível reduzir toda a existência do meu pensamento e de forma subliminar deixasse de atuar em mim estímulos suficientes para que eu não tomasse consciência do concreto que me exaspera,dando lugar ao abstrato onde a representação figurativa não transcende as aparências exteriores da realidade. Quero fugir dessa realidade. Quero fugir de mim mesma. Porque já não sei mais quem sou;se sou real,se existo.Transcendo.E me torno difícil de compreender e sem ser filosoficamente profunda,cabe-me tão somente a adjetivação de um ser metafisico...
O destino do córrego é o rio
O destino do rio é o mar.
O destino do mar é o horizonte.
0 horizonte, ilusão de não findar,
Transforma-se em infinito.
O infinito torna-se mistério.
E o mistério?
O mistério?
Está dentro de mim!
(Destinos/Assis Câmara)
Como lidar com a recusa da realidade? Isto Freud explica, mas complica, quando descreve a cisão do Ego, ele enfatiza que a recusa possibilita a crença de que “algo” simultaneamente existe e não existe.
O que me leva muitas vezes a não aceitação da realidade é a fascinação que tenho pelo sonho, o sonho dito acordado e que me leva ao mundo da fantasia, permitindo-me “supor que o corpo sonha porque é ele quem deseja fazê-lo sonhar”. Daí o processo imaginativo atua sobre mim e quando confrontado com a realidade sofre o impacto da não aceitação. Então, fico me debatendo e tentando, (feito o pintor/escritor Hans Bellmer - 1902/1975), ver com as mãos, escutar com a boca e emudecer com os braços e acrescento: a me perder em sonhos vazios. E a me lamuriar...
...Ah, se me fosse possível reduzir toda a existência do meu pensamento e de forma subliminar deixasse de atuar em mim estímulos suficientes para que eu não tomasse consciência do concreto que me exaspera,dando lugar ao abstrato onde a representação figurativa não transcende as aparências exteriores da realidade. Quero fugir dessa realidade. Quero fugir de mim mesma. Porque já não sei mais quem sou;se sou real,se existo.Transcendo.E me torno difícil de compreender e sem ser filosoficamente profunda,cabe-me tão somente a adjetivação de um ser metafisico...