CRÊPE TUPINIQUIM

Algumas vezes em que estive hospedada em hotéis do Nordeste, a tapioca era servida no café da manhã. Nem tive vontade de experimentar, não me apetecia naquele horário, mas ficava olhando as moças prepararem. Elas jogavam a farinha na frigideira, colocavam no fogo e depois de umas sacudidelas, vapt-vupt estava pronta aquela ‘crêpe tupiniquim’.

Eu ficava muito intrigada. Como é que podia? Não via ninguém misturar ovos, ou leite, ou qualquer coisa à farinha... e nem óleo punham na frigideira! Mas a crepe surgia...

Só agora que minha filha anda fazendo essas ’panquecas’, aprendi. Na verdade, o que eu pensava ser apenas farinha, é a ‘goma’ que já se compra preparada, mas que tem aparência de farinha. O contato com o calor faz com que ela se compacte e tome forma.

É preciso antes esquentar bem a frigideira. Ao colocar a farinha deve-se espalhá-la com uma colher. Alguns minutinhos depois, podemos virá-la, para que cozinhe do outro lado. Pronto!

Podemos passar manteiga, que imediatamente se derrete, dobrá-la e comer. Tem gente que gosta de recheá-la com queijo. Não importa, a tapioca fica boa de qualquer maneira. Experimentei também com geléia, ficou uma delícia.

Taí algo prático, rápido e fácil de fazer. Boa pedida para meu lanche noturno, já que há anos aboli o jantar...