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Amor de mãe
 
 
 Enquanto visitava minha mãe, lembrava das palavras que ela disse-me um dia;
 
“-Filha, quem é mãe sempre quer o bem dos filhos. Ouça sempre o que tua mãe te fala, porque é pro teu bem.”
 
Grande verdade!Às vezes fico pensando como é bom ter mãe. Não só pelo fato de ter, mas se sentir amada por ela.Não é a toa que não existe ex-mãe.Existe sim, aquelas que por um motivo ou outro que não me cabe julgar, põe filho no mundo e não cuida, e muitas vezes até tem coragem de jogá-lo num rio, ou até mesmo em depósitos de lixo, mas como disse antes, não me compete julgar ninguém.Entretanto, fico a pensar em mulheres que gostariam de ter filhos e não podem e o processo de adoção é tão burocrático, que chega a ser desgastante pra casais que gostariam de propiciar uma vida digna aos filhos que não tiveram.
 
Mas voltemos ao eixo central do texto. Como dizia, mãe que é mãe, sente a dor, a necessidade dos filhos, se alegra com eles. Por eles, é capaz de dedicar toda uma vida, renuncia a muitas prospecções materias e/ou até sentimentais também.
 
Quem tem sua mãe deve zelar por ela, porque foi pelo sim a vida, que existimos. Foi no ventre de nossa mãe que sentimos os primeiros sinais da afetividade, nos primeiros movimentos embrionários já sentimos que não somos sozinhos, já ouvimos sons no emaranhado da vida, já nascemos condicionados aos cuidados de uma mãe, aquela que vela o sono do filho, que prepara o banho, que lava as fraudas, que perfuma seu bebê, que previne assaduras, que observa o funcionamento dos sentidos... Aquela que  acolhe, agasalha, educa pra vida,enfim, que dedica amor na sua forma de ser.
 
Quando estive hoje com minha mãe, senti saudade do tempo que ela mexia com os cachos dos meus cabelos, olhava pra mim e adivinhava o que eu sentia, sem que dissesse uma só palavra, mas me esforcei pra que a lágrima não fizesse barulho, porque depois que ela perdeu a visão, a sua audição ficou mais aguçado. Então, pensei;
 
-Quem dera ser a luz dos teus olhos!Nunca me conformei com esta realidade, ao mesmo tempo, penso em quem não tem mãe pra abraçar, pra presentear, rir a toa com ela.
 
Quantas pessoas choram a falta de uma mãe, só pra ouvir lhe chamar de meu filho, minha filha, e está do lado transmitindo serenidade, otimismo, vontade de viver...
Falo sempre pros meus filhos, que eles são muito importantes para mim, e que não sei dizer em palavras o que sinto por eles. Procuro fazer valer a pena, meu papel de mãe no cotidiano, através da educação e dedicação nas situações vivenciais que a vida nos remete.
 
Aprendi e tento passar pros meus filhos, que nada se perde quando é doado por amor, que tudo é passageiro, mas que o tempo não apaga o traço que une mãe e filho, muito embora, os filhos cresçam e construam sua própria historia sua identidade e, naturalmente, sigam o caminho que escolhem que desenham nos sonhos, na realidade, na vida.
 
Tentei fazer um texto bem lindo pra dedicar a minha mãe e deixá-lo registrado nas paredes do tempo, da memória, mas as lágrimas, vez por outra lavavam o que tinha pra dizer e as palavras ficaram abstratas, numa subjetividade indizível, incontidas nestes escritos, mas transmitidas no abraço, no jeito que olho pra minha adorada mãe, nas minhas memórias afetivas da primeira infância aos dias atuais.Contudo,são tantas as memórias afetivas, que tem horas que o coração sombreia cada paisagem regando-as com emoções que escorregam pelos cantos dos olhos, mas é a vida...Minha mãe é sagrada pra mim, e sempre será.
 
Jogaria todos os meus títulos acadêmicos pro alto, se não admitisse esta evidencia, porque a base é na família, na formação. Porque não há título mais benéfico, que o de ser mãe.Uma lição de vida, pra vida, uma necessidade pra vida acontecer.
 

 

Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 09/05/2010
Reeditado em 19/09/2022
Código do texto: T2247164
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