Jack
Sábado à tarde, passando os canais, encontrei a reprise de "Marley e eu" pela quarta ou quinta vez, decidi assistir, pois não tinha nada de interessante para ver. Mesmo assim sabendo de todos os detalhes do filme, dei risadas e chorei tudo de novo. Cada cena fez eu me lembrar do meu cachorro pastor alemão chamado Jack, que veio pra nossa casa, com dois meses de idade, com um laço de fita azul em seu pescoço. Tudo isso para que eu o aceitasse em nossa casa. Meu filho Rodrigo ganhou de um amigo, o nome de Jack foi dado por causa do filme Titanic, que estava em pleno sucesso nas telas do cinema.
Meus filhos sabiam que eu não queria mais nenhuma criação, pois tinha perdido um cachorro e sofrido muito, jurando que jamais algum animal estaria em minha casa novamente.
Não resisti quando vi aquele bolo de pelo preto, com fita azul, abanando o rabo pra mim, parecia que adivinhou que teria que me conquistar e conquistou.
Como no filme, ele fez todas as estripulias que o Marley fazia. Comeu todos os chinelos da casa, almofadas e buracos imensos na parede.
Lembrei que ele iria fazer 12 anos, e estava com problemas de saúde, mas nos o tratávamos com todo carinho é como se fosse nosso filho mais novo, pois todos nossos filhos estão casados e o Jack, ficou em companhia de meu marido e eu.
Domingo de manhã, ao acordar como sempre, fui até o quintal, para falar um olá e dar como de costume seus remédios.
Encontrei-o deitado e muito quieto, chamei e nada, fiquei aflita quando percebi que ele não iria mais me escutar, ele tinha ido embora pra sempre.
As lágrimas caíram e eu só conseguia ver aquela bola peluda com laço de fita azul abanando o rabo correndo pra lá e pra cá.
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