ACONTECE CADA UMA!...
Desde que o Juramento de Hipócrates - instituído há muitos séculos atrás - que o mundo da medicina vem sendo maculado com várias e inusitada notícias, como por exemplo, esquecimento de objetos cirúrgicos no interior do corpo humano, amputação equivocada de um membro de algum paciente e assim sucessivamente. E esse tipo de aberração pode acontecer em qualquer cidade. E a diferença da divulgação de fatos dessa natureza só vai acontecer da atenção que a mídia der aos mesmos, dependendo da classe social dos vítimas envolvidas no caso. O certo ou errado, como queira, é que de vez em quando uma notícia envolvendo a classe médica sempre vem à tona e sendo assim, o Conselho Regional de Medicina procura analisar cada denúnca e puní-la dentro das leis. E cada caso, como se costuma dizer, é um caso. Jamais se pode generalizar e depois se propalar aos quatro ventos que a medicina de tal País deixa muito a desejar só se baseando num caso esporádico. Também não é bem por aí. E por falar em caso inédito, anormal, vejamos por exemplo o que ocorreu em nosso Brasil, mais precisamente no Estado de Mato Grosso do Sul, no começo de Janeiro de 2010.
A manchete do lamentável ocorrido poderia ser mais ou menos assim: “Médicos sexagenários brigam no interior de um Centro Cirúrgico!” Sim, mas foi isso mesmo que aconteceu. Dois médicos com mais de 60 anos, portanto, bem experientes, agiram como adolescentes e transformaram um centro cirúrgico num ringue. Então, por alguma desavença particular os dois foram às vias de fato, isto é, trocaram socos e brigavam seriamente, enquanto uma parturiente, cuja cirurgia já tinha sido iniciada, mas agora abruptamente interrompida à revelia do cirurgião, continuava angustiada, apreensiva esperando o término daquela inexplicável peleja naquele local tão imprópio e inadequado. E isso só aconteceu quando um filho de Deus ouviu o seu pedido de socorro e outro médico foi chamado para terminar aquele parto. Só que, lamentavelmente, o pior aconteceu: a criança não sobreviveu, o que causou uma grande angústia e tristeza àquela família.
Os dois senhores que se digladiaram naquela hora e local impróprios atendem pelos seguintes nomes: Atenção: Sinomar e Orozimbo. Não, não é gozação! É a mais pura verdade. Portanto, eles que me desculpem, mas colocar o título de Doutor antes desses epítetos chega até mesmo ser uma temeridade assim como foi o gesto injustificável de ambos naquele Centro Cirúrgico....
João Bosco de Andrade Araújo