MOTIVEMO-NOS UNS AOS OUTROS (Motivação profissional é a de uma prostituta; recebe um bom salário para gozar! )

sábado, 8 de maio de 2010

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Sem motivação não podemos aumentar as atividades da Unidade Escolar. Sem motivação não podemos impressionar a comunidade com crescimento.

Acho ideal nos motivarmos uns aos outros com a maravilhosa dádiva de um bom relacionamento, já que nossos líderes não têm recursos motivadores, pois deviam tentar com promessas reais e menos oníricas. Motivar-nos como eles querem praticamente está muito além de nossas condições profissional e humana: exigem sempre horas extras não remuneradas. Depois, dizem: — "vocês não querem ser motivados". Quem não quer um bom motivo para ser útil? Nesse caso, louvado sejam as prostitutas ganhadoras de um bom salário, gozando na vida! Por isso, é o trabalho de maior expansão espacial e temporal. Disse Bruna Surfistinha: "Não há coisa melhor do que ganhar dinheiro para gozar." (Pacheco, Raquel (Bruna Surfistinha); O que aprendi com Bruna Surfistinha - Lições de uma vida nada fácil; 1ª edição, editora Panda Books; 2006; Pág.182).

A motivação vem de alguém motivado, não de atores com máscaras bonitas. Porque elas sempre caem! A motivação de um é sempre a fonte da motivação do outro. Mas, um precisa ser o primeiro! Temos a capacidade de motivar o outro, sim, até ao mesmo grau em que temos incentivos concretos e vantajosos nos permitindo verdadeiramente se motivar e motivar o outro, dividindo as vantagens.

Para um funcionário público de muitos anos na educação, o seu melhor é apenas sua “obrigação”, ou o que ele tem prazer em fazer. Ele não pode fazer o excedente, o emocionalmente estressante, o de pouca atração e sem recompensa extra. Se o obrigarem, como disse, tudo isso estará praticamente além de suas forças. E, também, não adianta nossos chefes nos ordenarem isto ou aquilo, baseados apenas em normas e responsabilidades de todo mundo. No caso da escola, há coordenador pedagógico utilizando-se de direitos e imperativos, impondo-se, sobrecarregando sua equipe, obrigando assim os professores a trabalhar sem razão, produzindo uma papelada sem fim, dessa forma não sobra espaço para motivação, depois quando ele tenta se aproximar, querendo contar com a ajuda dos mesmos, eles se escoram, por não haver uma relação de confiança e cumplicidade, mas de "ferração": "cabo de guerra". A lei do menor esforço é real e prática do ser humano em todos os setores, e só as vantagens e propinas podem quebrá-la. Não precisamos da ajuda de ninguém, se usamos um vestuário adequado, pois nossa aceitação pessoal depende da boa aparência. Não precisamos de motivação maior ao nos alimentarmos bem se temos a saúde como lucro.

Qual espécie de influência e de quem a queremos se ninguém se importa com nossos problemas pessoais? Os problemas da vida nos motivam erroneamente à direção do alívio. Se os patrões entendessem isso se preocupariam mais com a boa motivação, aquela geradora de prosperidade tanto no líder, bem como no liderado. Do contrário, a má motivação tem a poderosa força da inércia como energia: estagnação.

Como nos tornarmos funcionários produtivos e felizes sem a sã motivação, que, ainda, é dom de Deus? É fruto de um espírito altruísta! Sem falar da automotivação, esse veneno, ou melhor, o combustível daqueles de visão unilateral, focados no fim último. Não sei se é coerente, mas vou arriscar terminar esta crônica filosófica com o pensamento de Paul Valéry: "Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca é sério." Por ventura, alguém vai me levar a sério! Se não, não precisarei dessa falsa motivação para ser um grande professor.