MÃE!
Tenho um ursinho de pelúcia no meu quarto. Na verdade, é uma ursinha. Risos. Cor de rosa... costumava ter duas tranças penduradas ao pescoço; daí o nome Trancita. Hoje ela não está assim, tão encantadora. Talvez uma criança que a fite não veja grande satisfação nela; mas, para mim, o tesouro é maior do que mede.
É que me lembro de quando era pequena e brincava de casinha, imitando a minha mãe...
Colocava todos os ursinhos, todas as bonecas organizadas, como se fossem uma família. E eu era como ela; saía pra trabalhar; me arrumava... E até sua cintura desenhada tinha! Mas só na brincadeira. Na verdade, eu era gordinha, e a beleza do meu corpo, ainda informe pela meninice, nem se comparava com suas curvas de mulher...
Sim. Minha mãe era (e é) uma grande mulher. Uma morena linda, fibrosa, determinada. Ainda bem que ela é organizada pra conseguir dar jeito na nossa família...
Mãe que cuida da casa, cuida dos seus filhotinhos ( e olha que dei trabalho, hein), trabalha duro lá fora e ainda arruma tempo pra ser mulher virtuosa e caprichar nas suas encomendas de crochê.
Ai, ai, ai... Me lembro de quando eu apanhava. Fazia cara feia, chorava e gritava, mas era tudo manha. Minha mãe nunca me bateu que doesse no corpo; só na alma, quando se mostrava decepcionada comigo.
E, quantas vezes, eu quis dizer que a amo?! Mas me senti tão tímida! Tão envergonhada por deixar a desejar...
Quis, outros tempos, jogar fora, dar pra alguma criança, me desfazer dessa ursinha (por causa de uma alergia), mas não pude...
Parece que minha infância está naquele cheiro de velha que ela tem, e isso a faz permanecer viva na minha memória; eu abraço ela e me sinto no colo da minha mãe...
Ainda bem que ainda posso abraçar minha mãe e desejar-lhe toda a felicidade do mundo, e também ser um pouco da sua felicidade...
Tenho um ursinho de pelúcia no meu quarto. Na verdade, é uma ursinha. Risos. Cor de rosa... costumava ter duas tranças penduradas ao pescoço; daí o nome Trancita. Hoje ela não está assim, tão encantadora. Talvez uma criança que a fite não veja grande satisfação nela; mas, para mim, o tesouro é maior do que mede.
É que me lembro de quando era pequena e brincava de casinha, imitando a minha mãe...
Colocava todos os ursinhos, todas as bonecas organizadas, como se fossem uma família. E eu era como ela; saía pra trabalhar; me arrumava... E até sua cintura desenhada tinha! Mas só na brincadeira. Na verdade, eu era gordinha, e a beleza do meu corpo, ainda informe pela meninice, nem se comparava com suas curvas de mulher...
Sim. Minha mãe era (e é) uma grande mulher. Uma morena linda, fibrosa, determinada. Ainda bem que ela é organizada pra conseguir dar jeito na nossa família...
Mãe que cuida da casa, cuida dos seus filhotinhos ( e olha que dei trabalho, hein), trabalha duro lá fora e ainda arruma tempo pra ser mulher virtuosa e caprichar nas suas encomendas de crochê.
Ai, ai, ai... Me lembro de quando eu apanhava. Fazia cara feia, chorava e gritava, mas era tudo manha. Minha mãe nunca me bateu que doesse no corpo; só na alma, quando se mostrava decepcionada comigo.
E, quantas vezes, eu quis dizer que a amo?! Mas me senti tão tímida! Tão envergonhada por deixar a desejar...
Quis, outros tempos, jogar fora, dar pra alguma criança, me desfazer dessa ursinha (por causa de uma alergia), mas não pude...
Parece que minha infância está naquele cheiro de velha que ela tem, e isso a faz permanecer viva na minha memória; eu abraço ela e me sinto no colo da minha mãe...
Ainda bem que ainda posso abraçar minha mãe e desejar-lhe toda a felicidade do mundo, e também ser um pouco da sua felicidade...