A MATANÇA DO PORCO

Marcos e Laura foram convidados para a “matança do porco” seguida de almoço. Marcos dispensou logo o convite. Se ele não matava barata muito menos pernilongo iria matar agora porco? Nem o pedindo insistente de Laura o fazia mudar de idéia.

- Marido, vamos para esse almoço. A gente finge que ajuda matar o porco. Vamos, eu quero tanto conversar com minhas amigas, me divertir um pouco.

- Vou nada, Laura. Este almoço não pode prestar. Um porco a gente mata de véspera tem que temperar com antecedência. Você pensa que matar porco é fácil? Isso é coisa de magarefe, esses convidados não têm esse cacife. Nem insista, não vou mesmo.

Mulher todo mundo sabe como é. Persistente. Quando quer uma coisa ela consegue com seu jeitinho especial driblando aqui e acolá. Foi assim que conquistou Marcos e o levou para o almoço.

Conversa vai, conversa vem, wisky para uns, cerveja para outros. Vinho, refrigerante e até o cheiro de comida gostosa para acompanhar “o porco” vinha da cozinha. Mas nada do porco chegar. Já ficando perto de meio dia a turma indagava para o dono da casa:

- Rapaz, cadê o porco que vamos matar? Traga logo esse danado. Ta passando da hora. Se demorar mais teremos jantar e não almoço.

Em todo lugar tem aquelas pessoas que sabem de tudo. E alguns discutiam as técnicas de matar o porco. Tinham até trazido facão afiado isso e aquilo que achavam necessário de acordo com seus conhecimentos sobre o assunto.

O dono da casa escutando a conversa dos amigos explicou que não era tão complicado matar a porco. Que nem precisariam de faca. Um martelo era suficiente. E para acalmar seus convidados anunciou. Vou buscar o porco. Vamos matar agora. E sumiu do recinto.

Os convidados perguntavam: Aonde vamos matá-lo? Aqui na varanda na frente das mulheres, das crianças? Não seria muito traumatizante? Antes que chegassem a alguma resposta, “O Porco” adentra no recinto trazido pelas mãos do anfitrião.

Ohhhhhh! Todos exclamaram perplexos, o porco cabia na palma de uma mão. Tinha pouco mais de quinze centímetros. Estava pesadinho de moedas de um real e bastou uma martelada para que ele morresse espalhando pelo chão moedas, moedas e mais moedas.

Viu Marcos, a Laura tinha razão a reunião foi agradabilíssima, a comida maravilhosa, as mulheres jogaram conversa fora e os homens também e o casal ainda ganhou um prêmio porque adivinhou o valor mais aproximado que continha no porquinho.