Conquista em tempos politicamente corretos

Coisa complicada (e gostosa pra falar a verdade) esse negócio de ir à luta novamente quando o assunto é coração, se bem que a intuição ousa arriscar o palpite de que o moço é um bom candidato ao posto de futuro morador.

De repente acende-se a luz da possibilidade, entra em cena a ansiedade, a dúvida, e o que virá a seguir é consequência não só do entrosamento dos protagonistas, mas também de sutis detalhes de cenário e figurino. Acha fútil? Pode ser.. porém essas “amenidades” são capazes de decidir um jogo e vou dizer o porquê de defender essa teoria.

Eu por exemplo, fico alucinada com homens cheirosos, levemente narigudos ou esquisitinhos, sorrisos francos e cabelo bagunçado. Na contramão do meu desejo está a famosa dupla dinâmica; cueca e meia soquete. Outras coisas que me brocham estão vinculadas ao olfato (o meu, claro), bafinho matinal e desodorante vencidão, sem chance!

Analisando o território, o rapaz deixou escapar que não é adepto ao convencional.

Calma! Ele não me relatou experiências sadomasô ou a prática da posição 767 do Kama Sutra; simplesmente demonstrou que não curte obviedades. A pergunta que não quer calar é como não ser óbvio quando falamos de sexo?

O script básico é composto de depilação em dia, lingerie minúscula, higiene master e...TESÃO.

Claaaro que se vier acompanhado de um enorme querer bem... NOTA DEZ!(...aiaiai). Bem... voltando dessa digressão romântica... como levo a sério meus desafios, parti para a pesquisa de campo.

Comentei sobre o ocorrido com o pessoalzinho do “fundo” lá da facul, uma releitura da galera “amor livre” dos anos 70, e juntos partimos para a tentativa de traçar a estratégia de fugir do lugar-comum sexual.

Pela personalidade da “presa”, discorremos sobre calcinhas de oncinhas ou zebrinhas (tão normais), mas que o fofo consideraria zoofilia; já se o caso fosse o outro extremo, a “lolitice” das florzinhas e corações, a queixa seria de pedofilia, aliás, fala mencionada pelo próprio em outras situações.

Oh, God! Que árdua tarefa tornar esse “momento esperado” em um “evento memorável”.

Ideias brotavam, cada um (inclusive eu) contribuiu com uma bizarrice maior que a outra.

A primeira sugestão foi a de que eu usasse calcinhas de algodão orgânico com folhas de alface penduradas nas laterais; outros tiveram devaneios relacionados a mel com bandeira comunista (VIVA LA REVOLUCIÓN!) e, ainda, utensílios recicláveis como a improvável lingerie de PET ou de borracha vulcanizada, afinal o bofe é engajado e não pretendo desapontar.

Se chegamos à alguma conclusão? Putz... nenhuma. A única coisa que afirmo categoricamente é que o “modus operandi” me parece bem mais complicado do que em outras ocasiões, mas quem disse que quero descomplicar? Deixa a vida me levar...lálálá.

Sem contar o grande benefício ao corpo e à alma pelo “saco de risadas” altamente biodegradável que despejamos no planeta azul.

Thais R Lima
Enviado por Thais R Lima em 06/05/2010
Código do texto: T2241168
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