CHEIRO DE CHUVA
Quão doce é numa tarde de verão estar sem fazer nada para poder observar calmamente o cair das gotículas de chuva sobre a Terra. É tão maravilhoso que o pequeno pingo que, às vezes, cai no corpo refresca até a alma.
Imagine você num lugar totalmente fechado e o cheiro da chuva – mistura à terra – lhe sobe às narinas!?
Imaginou?
É um ‘sabor’ tão refrescante que dá, na maioria das vezes, vontade de comer. Quem será que nunca sentiu isto? Creio que todos – ou será que sou o único imbecil aqui nesta baixa Terra?
Às vezes sinto vontade de rolar no chão ou na relva. Já fiz algumas vezes – não escondo. É delicioso! O contato com a mãe natureza é um ato tão sublime que leva a crer: encontro de mãe com o filho!
Esse encontro ainda é melhor quando a chuva demora a vir. O cheiro é tão bom que, misturado aos anseios e necessidades da chuva (água), ficam ingredientes somados que nos faz encher o coração de amor, transbordar de alegria, de felicidade. É uma dádiva!
Ocorreram-me dois fatos agora; que pena! Fatos que levam a muitas desordens: o excesso de chuvas (alagamentos, perdas materiais, perdas de vidas – entre outros) e a falta da mesma (a seca que assola parte do povo brasileiro). São fatos que aterrorizam. E, ainda, sem tocar muito nos constantes raios, trovões e tempestades que seguem de perto. Ah, meu Deus, como tenho medo disso!
Retomando, o cheiro da chuva (para quem não pode acessá-la do lado de fora da casa) é uma dádiva. São dádivas. São dádivas divinas! Bênçãos!