AS MARIAS.....

Acabo de ler a cronica, da Maria Olimpia, como sempre, escrita de forma perfeita.

Gosto tanto do assunto que, ela abordou hoje, "sobre os nomes" que me deu vontade de escrever sobre ele.

Em minha escola de infancia, nao era diferente, do que foi descrito, pela nossa estimada escritora.

Quando a professora, fazia a chamada por ordem alfabetica, ate que seguia rapido.

Agora quando chegava, na letra M, ai aja paciencia.

As Marias, em meu tempo de crianca, e em vila do interior, eram mais comum do que capim gordura, pelo mato.

Recordo-me, no primeiro ano de escola, a professora, colocou-me sentada, ao lado, de uma menina de nome, Maria Afonsina Aparecida, ela tinha ganhado esse nome em homenagem as avos, materna e paterna, que se chamavam Maria Afonsina uma e Maria Aparecida a outra.

Nossa vizinha la na vila de minha infancia, era Dona Maria Gertrudes, que chamavamos simplesmente, de Dona Mage.

A familia achou muito longo o nome, e abreviou.

Dificil chamarmos alguem que tem nome duplo, por ambos, sempre acabamos abreviando, o meu que gosto muito, Maria Helena, foi escolhido pela minha Mae, so o ouco assim, fora do ambiente familiar, porque em familia sempre foi Lena.

Minha tia, cunhada de minha vo, chamava-se, Maria aparecida, e so vim a saber disso, quando fui colocar o nome dela no convite do meu casamento.

Lembro-me, que minha vo, riu muito, quando viu no envelope do convite, os nomes : Tio Tinho e tinha Cidica.

Foi ai, que soube que essa querida tia se chamava, Maria Aparecida.

Pois, nos so a chamavamos de tia Cidica.

Outra estimada tia, era conhecida por todos nos, pelos seus dotes artisticos, ja que era a unica na familia que tocava piano.

E pelo nome de Tia Zeze, que tambem, um dia eu soube, se chamava Maria Jose.

Eu acho lindo o nome Maria, a mim soa doce, terno, simples.

E se a historia estiver correta, ele atravessou os seculos, pois e muito antigo, e nunca esteve tao em moda.

O que eu particularmente, acho uma bobagem, moda pra nomes.

Nome e algo, muito particular, envolve gosto e emocao.

As vezes e usado, somente para homenagear alguem que nos e ou foi caro.

No judaismo, por exemplo, existe a tradicao de se colocar o nome dos que ja morreram, nas criancas que vao nascendo, isso tem um nome em hebraico, que minha amiga Hilda, que e judia, ja me contou, mas eu nao consigo lembrar agora como e.

Uma outra linha da tradicao judaica, coloca em suas criancas, o nome de familiares que estao vivo.

Acho fascinante o nome que recebemos, pois, ele nos acompanhara, ao longo de toda nossa existencia.

Ele vai criando uma identidade conosco, uma energia vai se formando em torno dele.

Ele se imanta a nos.

Pra terminar, esse texto, que pegou rabeira, na cronica de nossa amiga, lembrei-me, de uma senhora, la na vila onde passei minha infancia, que fazia pirulitos em formato de guarda chuva.

O gosto era delicioso, vinha embrulhado em papel manteiga, e a coisa mais dificil era retira-lo, acabavamos chupando o piriluto com o papel e tudo.

Quase todo os dias, entravamos no quintal da casa de Dona Maria Cotinha, cujo nome de batismo era, Maria Cotarda.

Com uns trocados na mao, em busca dos deliciosos pirulitos.