Politicagens & Sindicatos
No Brasil, embora não oficialmente, temos imposição sindical e os movimentos sociais desviam-se de seus propósitos. Sequer pode-se questionar as falcatruas que ocorrem dentro destes setores, que na origem é válido, sob risco de sofrer retaliações diversas. Cada vez mais, os sindicatos são partidarizados, devido à entrada sistemática de sindicalistas na política.
Ultimamente vemos os sindicatos tornarem-se antro de manifestações políticas, como na ação do CPERS, em julho do ano passado em frente à casa da Governadora Yeda Crusius PSDB, fugindo da ideia inicial de defesa de seus sindicalizados, exigia a saída imediata da governadora do cargo.
As manifestações do sindicato dos professores estaduais do Rio Grande do Sul vem perdendo ano após ano sua força de protesto, inclusive a mobilização dos integrantes diminui rapidamente. As greves organizadas pelo sindicato nos últimos anos, nunca conseguiram suas reivindicações por o apoio mínimo entre seus integrantes, e a falta de unidade ideológica política, vão minando as manifestações.
Por reunir pessoas com uma profissão em comum, não quer dizer que as ideologias políticas serão semelhantes. Luta-se por melhores salários e valorização da classe representada, independente de que partido ou ideologia que está no poder.
Sobre o protesto diante da casa da Governadora, houve exageros de ambas as partes. O CPERS não deveria invadir a vida pessoal da representante máxima do estado, embora numa manifestação livre e democrática, já a Sra. Crusius, exagerou ao expor seus netos à imprensa, como vitimas da ação.
Desde então, tornou-se um processo judicial, que em primeira instancia condenou-se o sindicato a indenizar os netos da governadora por danos morais em cerca de 20 mil reais. O caso promete ainda novos embates, pois ambas as partes vão recorrer da decisão. Porém, vale lembrar que, a batalha do CPERS não é por Impeachment de governador algum por problemas políticos, e pessoa pública não pode ter seu direito de privacidade violado, embora, deva explicações por má conduta, mas nada justifica o uso das crianças para finalidades políticas também.