Cravos brancos
para as mães...
Uma simples mulher existe que,
pela imensidão do seu amor,
tem um pouco de Deus.
Dom Ramon Angel Jara
(Bispo de La Serena-Chile)
Vou resumir uma história, milhares de vezes repetida em todos os cantos e recantos deste azulado Planeta, assim chamou a Terra o nosso destemido Gagarin. Mas é impossível escrever sobre o Dia das Mães, sem recontá-la. E vamos lá.
Annie Maria Reeves Jarvis perdeu a mãe, e caiu numa profunda depressão. Suas amigas se reuniram, e bolaram uma festinha , para perpetuar a memória da falecida. E, ao mesmo tempo - a dedução corre por minha conta -, minorar o sofrimento de Annie, que permanecia inconsolável, com o doloroso golpe.
Annie soube da festa e decidiu mudar os planos das amigas. Propôs, então, que a homenagem se estendesse a todas as mães, vivas e mortas. Mães norte-americanas, claro, porque Annie nascera no Estado da Virgínia, em setembro de 1834.
Mas Annie queria ver seu projeto oficializado. E foi à luta, mesmo sabendo que iria enfrentar dificuldades. Em abril de 1910, Mr. William E. Glassock, Governador da Virgínia, oficializou a homenagem, tal como Annie queria.
Em 1914, Mr. Woodrow Wilson, Presidente dos Estados Unidos, assinou decreto criando o Dia Nacional das Mães. Imediatamente dezenas de países seguiram os EEUU. Na Rússia, Egito e Arábia Saudita as mães passaram a ter o seu dia, no mês de março; Na Suécia, Índia, Malásia, Bolivia e Singapura, no mês de maio; na Tailândia e na Bélgica, no mês de agosto.
Em Portugal, no primeiro domingo de maio; na França, no último domingo de maio; na Argentina, no terceiro domingo de outubro; na Palestina e no Líbano, no primeiro dia da Primavera.
No Brasil, O Dia das Mães nasceu em Porto Alegre, em 1918. Catorze anos depois, portanto em 1932, o Presidente Getúlio Vargas oficializou a homenagem, fixando-a no segundo domingo de maio.
Em breves linhas, aí está a história da instituição do Dia das Mães, contada mais uma vez. Quem não sabia como tudo acontecera, lendo esta crônica, fica sabendo.
Queria, apenas, acrescentar, que o Dia das Mães já era festejado na velha Grécia. Está na Mitologia helênica que Rhea, mãe dos deuses, num determinado momento, era homenageada por seus divinos filhotes.
Prosseguindo. Nas rádios, televisões e nos jornais, os comerciais do Dia das Mães já ocupam um considerável espaço. Vamos ter que suportar esse blá-blá-blá até o segundo domingo de maio.
E ainda aguentar o Agnaldo Timóteo, com aquele vozerão, cantando Mamãe, Mamãe, Mamãe, canção de dois ícones da MPB, David Nasser e Herivelto Martins, que infelizmente já partiram. Queria dizer que até gosto dessa canção. Pirncipalmente quando é a Ângela Maria que a interpreta.
Num dos seus versos, descubro Maria Luiza, minha mãe, morta na década de 1990. E o verso é este: "Mamãe, mamãe, mamãe,/ Tu és feita de amor e esperança."
Pouca gente sabe que Annie nunca aceitou que o Dia das Mães se transformasse na alegria dos comerciantes, despertando, na maioria deles, u´a irrefreável ganância. E teria feito este desabafo: " Não criei o Dia da Mães para ter lucro!"
Nos idos de 1923, descontente com os rumos dados ao seu maternal projeto, tentou, através de um processo judicial, cancelar a homenagem. Não obteve êxito. A homenagem se tornara irreversível.
Embora admitindo - e não podia ser diferente - que estamos todos mergulhados, até o gogó, num consumismo desvairado, diria que concordo, neste particular, com Annie Maria Jarvis, para, então, declarar que o Dia das Mães não é dia de lojas nem de butiques: é dia de amor e de cravos brancos. Cravos brancos? Sim. Convencionou-se que este cravo é o símbolo da maternidade.
Me diz o Google, que nossa Annie ou Ana Maria, ao longo de sua vida, teria enviado para a igreja de Grafton, a igreja de suas preces, mais de dez mil cravos. Pena que ela morreu, com 73 anos, sem curtir a doçura de ser mãe.
Portanto, meu dileto leitor, não se estresse. Veja bem: dois cravos brancos emviados, com declarado carinho, farão a alegria de sua mãe.
Esqueça os Shoppings.
para as mães...
Uma simples mulher existe que,
pela imensidão do seu amor,
tem um pouco de Deus.
Dom Ramon Angel Jara
(Bispo de La Serena-Chile)
Vou resumir uma história, milhares de vezes repetida em todos os cantos e recantos deste azulado Planeta, assim chamou a Terra o nosso destemido Gagarin. Mas é impossível escrever sobre o Dia das Mães, sem recontá-la. E vamos lá.
Annie Maria Reeves Jarvis perdeu a mãe, e caiu numa profunda depressão. Suas amigas se reuniram, e bolaram uma festinha , para perpetuar a memória da falecida. E, ao mesmo tempo - a dedução corre por minha conta -, minorar o sofrimento de Annie, que permanecia inconsolável, com o doloroso golpe.
Annie soube da festa e decidiu mudar os planos das amigas. Propôs, então, que a homenagem se estendesse a todas as mães, vivas e mortas. Mães norte-americanas, claro, porque Annie nascera no Estado da Virgínia, em setembro de 1834.
Mas Annie queria ver seu projeto oficializado. E foi à luta, mesmo sabendo que iria enfrentar dificuldades. Em abril de 1910, Mr. William E. Glassock, Governador da Virgínia, oficializou a homenagem, tal como Annie queria.
Em 1914, Mr. Woodrow Wilson, Presidente dos Estados Unidos, assinou decreto criando o Dia Nacional das Mães. Imediatamente dezenas de países seguiram os EEUU. Na Rússia, Egito e Arábia Saudita as mães passaram a ter o seu dia, no mês de março; Na Suécia, Índia, Malásia, Bolivia e Singapura, no mês de maio; na Tailândia e na Bélgica, no mês de agosto.
Em Portugal, no primeiro domingo de maio; na França, no último domingo de maio; na Argentina, no terceiro domingo de outubro; na Palestina e no Líbano, no primeiro dia da Primavera.
No Brasil, O Dia das Mães nasceu em Porto Alegre, em 1918. Catorze anos depois, portanto em 1932, o Presidente Getúlio Vargas oficializou a homenagem, fixando-a no segundo domingo de maio.
Em breves linhas, aí está a história da instituição do Dia das Mães, contada mais uma vez. Quem não sabia como tudo acontecera, lendo esta crônica, fica sabendo.
Queria, apenas, acrescentar, que o Dia das Mães já era festejado na velha Grécia. Está na Mitologia helênica que Rhea, mãe dos deuses, num determinado momento, era homenageada por seus divinos filhotes.
Prosseguindo. Nas rádios, televisões e nos jornais, os comerciais do Dia das Mães já ocupam um considerável espaço. Vamos ter que suportar esse blá-blá-blá até o segundo domingo de maio.
E ainda aguentar o Agnaldo Timóteo, com aquele vozerão, cantando Mamãe, Mamãe, Mamãe, canção de dois ícones da MPB, David Nasser e Herivelto Martins, que infelizmente já partiram. Queria dizer que até gosto dessa canção. Pirncipalmente quando é a Ângela Maria que a interpreta.
Num dos seus versos, descubro Maria Luiza, minha mãe, morta na década de 1990. E o verso é este: "Mamãe, mamãe, mamãe,/ Tu és feita de amor e esperança."
Pouca gente sabe que Annie nunca aceitou que o Dia das Mães se transformasse na alegria dos comerciantes, despertando, na maioria deles, u´a irrefreável ganância. E teria feito este desabafo: " Não criei o Dia da Mães para ter lucro!"
Nos idos de 1923, descontente com os rumos dados ao seu maternal projeto, tentou, através de um processo judicial, cancelar a homenagem. Não obteve êxito. A homenagem se tornara irreversível.
Embora admitindo - e não podia ser diferente - que estamos todos mergulhados, até o gogó, num consumismo desvairado, diria que concordo, neste particular, com Annie Maria Jarvis, para, então, declarar que o Dia das Mães não é dia de lojas nem de butiques: é dia de amor e de cravos brancos. Cravos brancos? Sim. Convencionou-se que este cravo é o símbolo da maternidade.
Me diz o Google, que nossa Annie ou Ana Maria, ao longo de sua vida, teria enviado para a igreja de Grafton, a igreja de suas preces, mais de dez mil cravos. Pena que ela morreu, com 73 anos, sem curtir a doçura de ser mãe.
Portanto, meu dileto leitor, não se estresse. Veja bem: dois cravos brancos emviados, com declarado carinho, farão a alegria de sua mãe.
Esqueça os Shoppings.