ACINTE CULTURAL

ACINTE CULTURAL

Acabei de ler a crônica da colega Giustina – Pobreza Cultural – e temos que dar a mão à palmatória que os tempos atuais não são tempos de cultura. Muito embora a ciência caminhe a passos largos, atuando em vários campos de interesse da saúde e da tecnologia, as escolas e os meios de comunicação não têm profissionais gabaritados para concluir a educação que (presumivelmente) teve início no lar.

Há poucos dias atrás postei um artigo que diz respeito à educação (ainda que do Guto, criança com necessidades especiais) mas que, se aplicado, dará ainda melhores resultados com crianças normais.

A “lebre” levantada por essa colega de Santa Maria da Boca do Monte, diz respeito, principalmente, à música. Pois é, nos tempos em que se denominava assim aquela cidade, havia letra poética e a harmonia da música clássica na nossa música. Porém, hoje, qualquer amontoado de palavras (desrespeitosas à moral, de preferência) faz uso das nossas orelhas de penico, para uriná-las aos berros, num uníssono deprimente e sem linha melódica que prime pela harmonia. Fico triste, porque também sou compositor e, mais triste ainda, pelo fato de minhas letras (que meus leitores do recanto já tiveram oportunidade de ler), por exemplo, RECANTO POÉTICO, que postei como poesia mas, na realidade é uma guarânia lenta, já gravada em CD, têm que ceder a vez ao SENHOR PÚBLICO OUVINTE em prol dos absurdos musicais que estão sendo tocados por aí.

Existem culpados? Sim, os existem. Mas não “ponhamos”, do verbo “ponhar” (outro artigo postado) só a culpa nos jovens. Aí entra a culpa dos governantes, dos colégios oficiais, da ganância da mídia e, até e principalmente, da cultura mundial, cujas propostas são ultra modernas e, por isso mesmo, não entoam o hino e nem levantam a bandeira da moral.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 05/05/2010
Código do texto: T2238157
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