“ACHISMO”, “EUPENSISMO” E “PREOCUPISMO” …..
Diariamente tenho feito um grande esforço para me livrar dos três. Sei , claro que nenhum ser humano é absolutamente perfeito mas o “achismo”, o “eupensismo” e o “preocupismo” sempre me acompanharam desde que era bem jovem.
Percebo que as pessoas falam “eu acho” com a mais absoluta naturalidade e as consequências desse achismo muitas vezes são simplesmente desastrosas.
Na minha juventude quase perdi a amizade de um companheiro de farras que eu gostava muito, simplesmente porque em certa ocasião que tínhamos combinado de ir ao cinema com as garotas, também amigas, ele chegou com a cara tão fechada, falando tão pouco que naquele momento “eu achei” que ele estaria zangado comigo.
Resultado, o programa foi um fiasco e fiquei tão zangado que não o procurei mais por uns tempos. Semanas depois soube que naquela noite ele estava sério porque tinha perdido um parente próximo . Quer dizer , eu “achei” equivocadamente que ele estava zangado ou decepcionado comigo.
Também tenho como outro exemplo o que certa vez no escritório, num final de tarde em que nosso gerente geral convocou a maioria dos funcionários graduados para uma reunião e o único que ficou de fora fui eu.
Logo, sem atalhos e nenhuma dificuldade logo “pensei” que tinha sido excluído por desprezo, incompetência ou simplesmente por supor que estava prestes a ser demitido.
Na verdade o que aconteceu foi que os outros funcionários, meus colegas de mesmo nível foram convocados para que o gerente geral informasse a eles que eu seria promovido e dali em diante seria o chefe de todos eles.
Eu simplesmente “achei” que tudo era possível estar acontecendo, menos a realidade altamente positiva que de fato aconteceu.
Nem preciso contar a quantidade de vezes em que fiquei preocupado e perdi no sono por enormes besteiras. Mas quero destacar só uma.
Era a última prova de matemática do período e eu precisava exatamente de oito pontos para não ser reprovado . Não tinha ido bem durante todo o ano e para aquela prova me preparei com todas as minhas forças , mas ainda assim estava preocupado.
E se conseguisse só sete pontos e meio ? E se nem conseguisse chegar perto dos sete pontos ? Pois bem, veio a prova, respondi todas as questões e acertei todas elas. Quer dizer, fiz a pontuação máxima.
Então vem a pergunta : prá que me preocupar com o que ainda não tiver acontecido. Porque enxergar derrotas e fracassos antes de ter entrado na batalha ? O "preocupismo" é ou não é uma enorme bobagem ?
Resolvi tocar neste assunto porque vejo a minha volta muitas pessoas, todas amigas, que se deixam envolver pelo “achismo”, “eupensismo” e o “preocupismo” e nem sempre percebem isso. Parece que é uma febre, uma moda, um hábito, mal hábito aliás, esse de pensar em fatos inexatos e equivocados, achar que coisas que estão acontecendo não são um incrível equívoco , além de perdermos o sono e ótimas oportunidades de dar boas gargalhadas por preocupações com tempestades que foram anunciadas para daqui uma semana e que podem se desviar pelo caminho.
Sempre gosto de dizer que não sou infalível, que tenho quaquilhões de defeitos e fraquezas mas, sinceramente falando, procuro combater com unhas e dentes os três mosqueteiros do mal, das maiores incoerências e das negatividades que cometemos no dia a dia.
Fico imaginando quantas oportunidades boas tivemos a capacidade de perder por nos deixar levar pelos “ismos” negativos citados, que parecem grudados conosco e que sem a menor cerimonia deixamos que se manifestem em qualquer lugar, inclusive no banheiro ou debaixo do chuveiro.
Não querendo que me considerem um visionário ou um grande tolo que escreve enormes tolices, gostaria de deixar aqui registrado o nome de um analgésico super eficaz contra qualquer um dos três “ismos” grudentos .
Aliás meu remédio é muito mais que um simples analgésico, pois ele me orienta , me apoia, me fortalece, me diverte e encaminha para os caminhos mais retos da vida.
Ah, o seu nome ? É “otimismo” ! Simples assim.....
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(.....imagem google.....)