A menina do dedo branco
A menina do dedo branco
Mª Gomes de Almeida
A tecnologia avança de modo tão rápido que nós reles mortais encontramos certa dificuldade em acompanhar tal avanço e o pouco que absorvemos incluímos em nossas vidas de modo a acreditar que não viveremos mais sem ela.
São tantos equipamentos que você sequer os utiliza em todas as suas funções, mas os tem, e aí segue...
Uma montanha de eletroeletrônico. Na cozinha então?
E ainda os tantos outros itens que colaboram para a melhoria da nossa aparência: Secadores, chapinhas, escova essa, escova aquela, maquiagens, cremes, perfumes. Ufa!
E em meio a um emaranhado de kits para beleza. Secador aqui, cremes, acolá de uma mãe adolescente com todas as artimanhas que a idade exige, se prepara para mais um final de semana.
Uma necessidade impregnada de vaidades que toda jovem carrega em um turbilhão de hormônio que nem mesmo ela sabe como lidar.
E não é que essa mãe menina em um descuido típico da idade deixou ao alcance de sua menina filha o secador de cabelos e a tal chapinha?
A curiosidade, marca da primeira infância vivida pela menina filha a impulsionou a conhecer a tal chapinha (que certamente já terá sido substituída por outro equipamento mais moderno quando esta já for uma moça).
Inocente, ingênua e sem nenhuma noção do perigo, pegou-a com seus dedinhos de pele fina. Acabou com o dedo todo besuntado de creme para queimadura e se seguiu uma longa tarde de choro e indignação e lá pelo finalzinho da tarde já era possível supor que a dor já estava sob controle, mas a menina filha estava mesmo indignada com a chapinha e com o dedo completamente branco!