O trabalhador.
O trabalhador.
A classe trabalhadora, que leva a mão na massa, massa esta que resulta na abastança da fúria indomável dos grandes empresários, incluindo aí os pequenos e até micros. Não se pode comemorar dia do trabalho, pois todos os dias serão dias de trabalho, da espoliação desregrada e avassaladora. Dias foram em que este dia se revestia de alegria e comemorações reais por todos os lados do mundo, não que os trabalhadores estivessem ali sendo respeitados em seus direitos, longe disso, mas naquele tempo em que ainda não havia criado esta desenfreada concorrência estimulada e incentivada pelas empresas em nome de que, pela produtividade se tem melhores salários. E ai caro leitor, deu no que deu esta coisa odiosa, que se vê entre companheiros de trabalho. Passamos a assistir colegas pisando e destruindo uns aos outros, no sentido de ser o melhor avaliado e assim ganhar um quinhão maior nas avaliações dos resultados. Estava decretada a lei do vale quanto pesa, não importando se no peso, envolvia a quebra da dignidade e todo sentimento de fraternidade.
Não dá para precisar o divisor destas águas que se turvaram, mas pode se perceber, que quando os trabalhadores passaram a ter uma consciência de sua força dentro da organização, passou-se a buscar além, muito além da pura sobrevivência e garantia de emprego, descobriu ou entendeu que tinha muito mais direitos, do que aqueles contracheques fingiam lhe agraciar. Tempo em que os trabalhadores, começaram a questionar a carga de sua jornada, cobrando cada gota de suor, que escorria pela sua face, salgando seus dias, suas vidas.
Neste tempo nossos sindicatos não eram lá estas coisas a nível de reivindicação, devido justamente as pressões exercidas pelos patrões sobre as entidades, com aquela força coercitiva de quem pode definir o destino dos dirigentes muitas vezes os colocando em ostracismo geral perante todas as empresas. Imperava a força e o medo.
Tempo em que passou a questionar as benesses do seu patrão, pois descobrira que tudo aquilo nada maias era, que fruto de seu sangue, derramado a cada hora, cada dia, cada ano gotejante pela louca e desumana busca de maior produção e maximização dos lucros. Trabalhadores começaram a questionar as condições de higiene, insalubre e periculosidade em varias situações. E nessa luta foi se coletando vitorias em adicionais, que servem como compensação ás condições desfavoráveis a que estão submetidos, bem como lhes proporcionam uma diferenciada contagem para sua sonhada aposentadoria.
Então, vamos comemorar carregando bandeiras estampadas com repulsas ás mais variadas formas de opressão. Manchadas com o suor daqueles que não organizados, ainda são espoliados e escravizados. Vamos de bandeiras multicoloridas com o sangue daqueles que sangraram na linha de frente das varias lutas por melhores condições de trabalho. Que nossas bandeiras ostentem a denuncia dos trabalhos escravos, que resistem em existir, principalmente nas famigeradas carvoarias e plantações de cana de açúcar.
Vamos caminhando e cantando com as bandeiras tremulando, exigindo que todos os trabalhadores possam um dia comemorarem a realidade de verem suas forças empregadas e compensadas pelo justo salário e condições higiênicas favoráveis.
Então, uni-vos.
Toninhobira.
01/05/2010.