O MAIOR INIMIGO; NÓS MESMOS.

Devemos ter um princípio exclusivo e a ele ser submisso e dele não se afastar. A cabeça dos outros é lugar absolutamente impróprio para pautar nossas condutas, nossas atitudes, nossas escolhas, nossa vida enfim.

Ela não nos foi dada por terceiros, mas por Deus.Se errarmos pelo erro vamos responder, sozinhos.

Nosso estatuto individual, patrimônio inviolável, sacrário de nossa personalidade, é sagrado para dar acesso opinativo e por vezes opinioso de terceiros. Essa posição não resiste à ordem constituída, às leis livremente postas a que se deve obediência. Considero o pessoal e intransferível acúmulo patrimonial formado na recepção da consciência como pessoa. Nada nem ninguém podem, nesse habitáculo, interferir ou arbitrar.

Vida pautada por outras vidas, é caminho inimigo de nós mesmos, como a pauta expressiva do consumismo sem fronteiras e outros códigos superficiais ancorados na selvagem vontade de ter sem ser. Ser somente vitrine sob todos os dogmas.

Onde está o inimigo? Na falta de transparência própria, sermos inverdadeiros, gigantesca nódoa interior, timbrar pela norma desconhecida, “o que acham os outros”, de âmbito das extremadas superficialidades.

“O quê achamos” e elegemos de bom e liberto para sermos felizes sob padrão de respeito aos semelhantes é o núcleo central para ser pessoa.

Não são necessárias palavras grafadas como ora faço para descrever, parametrizar, bastaria a oralidade do Ser Supremo, e tal, e tanto, Ele nos demonstrou, a maior personagem humana, pois nada escreveu, Jesus Cristo, para ter conduta inigualável.

E essa dicção, oralidade, inundou e iluminou o mundo sendo possível rever o paradigma para a humanidade, permanentemente, para o bem e condutas, ainda distante do quê os “outros acham” e, ainda assim, continuariam as duas faces da incrível moeda com que todos negociam a vida, o bem e o mal.

Constata-se pelos exemplos de vida fazendo coro com o Deus da mitologia Maniqueu; o bem e o mal. Ainda é assim e será assim sempre.

O mais notável ser humano, nem uma só palavra escreveu e pautou Sua vida pelo que ouviu do Pai, pautou pelo seu interior, não pelo que achavam os que o circundavam e O contrariavam, e foi firme com seus princípios, e doce, na maior escola do mundo.

Jesus Cristo foi o personagem sobre quem mais se escreveu, sem que tenha escrito uma única palavra.

Condutas não se escrevem, se realizam, são protagonizadas, formalizam-se e ficam na memória, sem se apagarem. Foi assim o Cristo, e nada escreveu, nem quis saber “o quê achavam” os outros de suas crenças, condutas.

Como refere o Evangelho de João, “No princípio era o Verbo”, acresçamos, e os exemplos de vida, de conduta. A Sua conduta, o Seu código interior.

Qual o fundamento de tantos méritos por quem nada escreveu, sequer uma linha, um vocábulo, não ocupou postos de mando, cátedras? Responde-se, a conduta singular e exclusiva, só Sua e única, e o sagrado ministério do exemplo, sem com nada mais se importar, com o quê os “outros achavam”.

A nossa conduta teria como maior inimigo nós mesmos se preocupados com “o quê acham os outros”. O padrão eterno da personalidade como Gandhi manifestou em sua frase lapidar é nosso interior: “EU NÃO TENHO MENSAGEM, MINHA MENSAGEM É MINHA VIDA”.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/04/2010
Reeditado em 30/04/2010
Código do texto: T2229567
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