Sementes do Escrever
E eu, meu caro leitor, continuo na busca sempre renovada de sementes do escrever. Confesso: não sei escrever do nada! Preciso de algo que me provoque sem me inibir, preciso de sementes que eu possa transformar em textos e depois expô-los ao você e ficar no aguardo.
Devido à minha total falta de senso de autocrítica (o que é um alivio), fico na expectativa da sua reação, opinião ou simples manifestação. E se eu não conseguir lhe agradar com que escrevo, terei que aprender a melhor cuidar da terra ou a trocar de leitor.
Se bem que possa ser por muitas vezes frustrante não saber escrever guiado apenas pela vontade, a busca necessária de uma semente provoca em mim a necessidade de me expor, de conviver, de examinar e roubar o momento, a frase ou o pensamento de um alguém que me sirva na busca.
Mais frustrante ainda é quando a semente passa pela minha mente em momento impróprio, onde me falte a caneta e o papel ou a memória poética do instante escritor para depois compor.
E sem essa semente como poderei atingir meu já conhecido objetivo de escrever sem parar? Terei eu que aprender a escrever sem nada dizer? Escrever sem nada sentir? Enfileirar idéias e ir usando-as como pílulas bem dosadas de assuntos a preencherem obrigações contratuais de produzir textos?
Não sei se conseguiria! Sabe, eu gosto de escrever! Não vou estragar isso com truques e artimanhas!
E você, leitor, se gosta de me ler, terá duas grandes tarefas perenes pela frente: primeiramente, ter a paciência e a compreensão de que eu não cuspo texto e não perder a esperança de qualquer dia desses mais coisas terá para ler, e, segunda e mais importantemente, viva de forma a produzir lindas sementes para as minhas palavras. Me dê motivos para escrever.Exista com E maiúsculo.
Viu, acabei de escrever usando a falta de uma semente como semente.
Será este o truque?
Sei lá, mas gostei! E desculpa se te usei!