Guerra por Paz
Se algum dia um anjo concedesse-me um desejo eterno, carnal e profundo, eu pediria tão somente a paz. Não esta paz clichê que ronda pelos prazeres do mundo, que condenam a guerra, a peste, e a seca junto dos seus demais cavaleiros apocalípticos e as pragas do Egito, Mas sim aquela paz que move as montanhas de pedra encontradas pelo caminho dentro de minha cavernosa e sã consciência.
Quero paz, porque um estômago em paz é um estômago que não sofre as revoluções e auto-conflitos internos, motivados por sua singularíssima guerra denominada “fome”.
Quero paz, porque uma mente em paz faz refletir no próximo os espelhos do prazer e da plenitude, e se mantenho conectada comigo mesmo esta paz, não mostrarei motivos para estar em guerra com outros.
Quero paz, porque um coração em paz ama a si mesmo e trata aos outros com uma igualdade altruísta, e se todos são iguais, aquele todo torna-se um só, fazendo com que as roletas do amor e do destino apontem exatamente para nós mesmos.
Quero paz, porque uma mão em paz não rouba, não condena e não faz derramar as raridades do sangue, e ainda assim, faz por compartilhar o pão e a esperança, pois quem carrega consigo o dom de partilhar nas virtudes da caridade, tem consigo todo o ouro que precisa pela vida, mesmo que pouco, porque carrega a flecha no alvo divino, um alvo que é nada menos que prosperidade.
“Se quero a paz, preparo-me para a guerra!”