E-mail 
 
Os raios de sol penetram no quarto através da janela aberta.

No silêncio da tarde, percebe-se o pulsar ansioso do coração da menina-moça, sentada ereta à frente do computador. Seu cabelo longo, preto e encaracolado brilha. Sua pequena boca sorri ao ler o e-mail que há poucos minutos recebera. De vez em quando, um pálido rubor pinta-lhe as faces, marcando a emoção que abala sua alma.

Olhando-a de longe, a mãe lembra-se de quando, também menina-moça, recebera sua primeira carta. Sente curiosidade: Como serão as cartas, agora passadas via computador, dos jovens de hoje? Transmitem os sentimentos do mesmo modo, com as mesmas palavras? A vida modificara tanto! E os jovens? Sofreram muitas transformações em relação aos sentimentos? Pela expressão da filha, ao olhar lânguida e amorosamente a tela onde as palavras pulam de emoção, aquela mãe soube que assim como os sentimentos, os jovens não mudaram, apenas não escondem o que sentem e têm um pouco mais de coragem de dizer o que pensam.
 


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