BATEU TRISTEZA MAS JÁ PASSOU
(...)
Sofrendo, ou sentindo a dor da alma, tenho um dilema:
Ouvir-me e deixar explodir por dentro, ou não me ouvir e
Continuar sendo isso que ninguém entende
(Indisciplina (Yasmine Lemos)
Confesso, que não andei lendo por esses dias nem Schopenhauer nem tampouco Voltaire, mas bateu um pessimismo misturado com tristeza de fazer dó, até eu estou com peninha deu. Sei não, viu, mas o que estraga é esta mania de “infeliz sem causa” que me assalta vez por outra. Isto me irrita. Se eu tivesse a fé da minha amiga Lu, bem que eu mandava um... “valha-me Cristo!” mas cadê intimidade para tanto? Já com Santo Agostinho me dou bem e temos cá nossas afinidades. Gosto dele, está sempre disposto a conversar comigo, só que às vezes extrapola nos argumentos tentando me converter, aí eu digo: calma Agostinho, ainda não chegou a hora, mais “torto” do que eu você foi e hoje posa de santidade; quem sabe um dia também me torne “santa Zélia” e a turma cá de baixo me faça promessas, boazinha do jeito que sou, atenderei a todos e nem precisa de velas é só bater um fio direto. Mas tem um porém, Agostinho também não era essas alegrias todas, como eu, ele também a buscava, ele conta que certa vez numa de suas andanças noturnas encontrou um mendigo embriagado alegre e feliz e sentiu inveja daquela alegria, ele que a buscava com toda a sua sobriedade e cultura e não alcançava, enquanto o mendigo com umas poucas moedas pedidas de esmola a esbanjava e não importava que fosse uma alegria temporal.
Ufa, passou! Mas acho que ainda quero enfiar a cabeça no colo de minha mãe...
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Sofrendo, ou sentindo a dor da alma, tenho um dilema:
Ouvir-me e deixar explodir por dentro, ou não me ouvir e
Continuar sendo isso que ninguém entende
(Indisciplina (Yasmine Lemos)
Confesso, que não andei lendo por esses dias nem Schopenhauer nem tampouco Voltaire, mas bateu um pessimismo misturado com tristeza de fazer dó, até eu estou com peninha deu. Sei não, viu, mas o que estraga é esta mania de “infeliz sem causa” que me assalta vez por outra. Isto me irrita. Se eu tivesse a fé da minha amiga Lu, bem que eu mandava um... “valha-me Cristo!” mas cadê intimidade para tanto? Já com Santo Agostinho me dou bem e temos cá nossas afinidades. Gosto dele, está sempre disposto a conversar comigo, só que às vezes extrapola nos argumentos tentando me converter, aí eu digo: calma Agostinho, ainda não chegou a hora, mais “torto” do que eu você foi e hoje posa de santidade; quem sabe um dia também me torne “santa Zélia” e a turma cá de baixo me faça promessas, boazinha do jeito que sou, atenderei a todos e nem precisa de velas é só bater um fio direto. Mas tem um porém, Agostinho também não era essas alegrias todas, como eu, ele também a buscava, ele conta que certa vez numa de suas andanças noturnas encontrou um mendigo embriagado alegre e feliz e sentiu inveja daquela alegria, ele que a buscava com toda a sua sobriedade e cultura e não alcançava, enquanto o mendigo com umas poucas moedas pedidas de esmola a esbanjava e não importava que fosse uma alegria temporal.
Ufa, passou! Mas acho que ainda quero enfiar a cabeça no colo de minha mãe...