Zé de Marley em: Absurdos Cotidianos. O Hímen Artificial.
Alexandre Menezes
Quase sexagenário, Zé de Marley, transmite suas observações cotidianas sem pretensões ou ideais: apenas quer falar. Relata o que considera estranho ou absurdo, entre um trago e outro, como convidado de algumas postulantes a freira, próximo a uma ermida, sob o céu do Planalto Central. Segue o relato:
- Primeiramente gostaria de afirmar que é um enorme prazer está com vocês. Aliás, nem sei se posso usar a palavra prazer com futuras freiras, afinal, o conceito de prazer deve ser bem diferente para nós. Por respeito, não gostaria de ser politicamente incorreto com as prováveis irmãs. Como entendem sobre pecadores e perdão espero que, caso eu falhe, perdoado seja.
- Não conheço termos específicos para usar aqui, mais ou menos na forma de quando estamos numa conversa com homossexuais, nem sei se fala mais assim, e a cada palavra falada são duas correções, diversas observações, fora broncas e processos. Caso existam esses termos ou algumas irmãzinhas no armário do convento, antes que reclamem ou me corrijam, improviso e digo: isso tudo tornou-se uma “homoantipatia”. Daqui um dia usar qualquer palavra com o radical “hétero” será crime. Desculpem-me, existe “freirantipatia”?
- Apesar desse excesso de termos politicamente corretos serem chatos não os considero absurdos. Como também não considero absurda a decisão da virgindade perpétua tomada pelas senhoritas. Porém, enganar os homens, sem motivos sérios, já que a Deus não se engana é uma outra conversa.
- É admissível que algumas mulheres de origem árabe paguem cerca de 5 mil reais para reconstituir suas virgindades. Fatores religiosos e culturais, que para nós ocidentais são absurdos, fazem que tal procedimento seja sinônimo de sobrevivência: totalmente compreensível. Porém, comprar um cabaço no camelô e fingir ser casta é mais que absurdo, afinal por aqui, ninguém liga tanto para isso.
- Agora os chineses inventaram o hímen artificial. É só introduzir na vagina de 15 a 20 minutos antes de relação que tudo se adéqua. Pode-se encontrar diversos modelos desde o “Joana D’arc” o mais popular, que se molda à medida que esquenta, até os mais caros e que liberam sangue artificial após algumas cutucadinhas mais profundas. Os fabricantes garantem que os parceiros terão sensações como se os hímens fossem reais. Já gemidos e frescuras ficam por conta de cada compradora e óculos 3D talvez sejam opcionais.
- Recordo de “Tonha Toneladas de Desejos” que fazia questão de iniciar sexualmente os garotos da rua. Bastante prestativa, atenciosa e gorda tomava banho de assento em água morna com pedra-ume e fazia charminho na nossa frente. Dizia, sorridente, que apertadinha era bem melhor, mas nunca afirmou ser virgem para nenhum de nós. Aliás nem poderia porque, em algumas tardes, Tonha sentava e esparramava a água 5 ou 6 vezes daquela banheira. Por isso, de hoje em diante, digo para quem procura: cuidado com as “freiras dos importados” e com as “virgens 25 de março”. Em pensar que antes só se falava em modalidade de corno. E tenho dito!
Alexandre Menezes
Quase sexagenário, Zé de Marley, transmite suas observações cotidianas sem pretensões ou ideais: apenas quer falar. Relata o que considera estranho ou absurdo, entre um trago e outro, como convidado de algumas postulantes a freira, próximo a uma ermida, sob o céu do Planalto Central. Segue o relato:
- Primeiramente gostaria de afirmar que é um enorme prazer está com vocês. Aliás, nem sei se posso usar a palavra prazer com futuras freiras, afinal, o conceito de prazer deve ser bem diferente para nós. Por respeito, não gostaria de ser politicamente incorreto com as prováveis irmãs. Como entendem sobre pecadores e perdão espero que, caso eu falhe, perdoado seja.
- Não conheço termos específicos para usar aqui, mais ou menos na forma de quando estamos numa conversa com homossexuais, nem sei se fala mais assim, e a cada palavra falada são duas correções, diversas observações, fora broncas e processos. Caso existam esses termos ou algumas irmãzinhas no armário do convento, antes que reclamem ou me corrijam, improviso e digo: isso tudo tornou-se uma “homoantipatia”. Daqui um dia usar qualquer palavra com o radical “hétero” será crime. Desculpem-me, existe “freirantipatia”?
- Apesar desse excesso de termos politicamente corretos serem chatos não os considero absurdos. Como também não considero absurda a decisão da virgindade perpétua tomada pelas senhoritas. Porém, enganar os homens, sem motivos sérios, já que a Deus não se engana é uma outra conversa.
- É admissível que algumas mulheres de origem árabe paguem cerca de 5 mil reais para reconstituir suas virgindades. Fatores religiosos e culturais, que para nós ocidentais são absurdos, fazem que tal procedimento seja sinônimo de sobrevivência: totalmente compreensível. Porém, comprar um cabaço no camelô e fingir ser casta é mais que absurdo, afinal por aqui, ninguém liga tanto para isso.
- Agora os chineses inventaram o hímen artificial. É só introduzir na vagina de 15 a 20 minutos antes de relação que tudo se adéqua. Pode-se encontrar diversos modelos desde o “Joana D’arc” o mais popular, que se molda à medida que esquenta, até os mais caros e que liberam sangue artificial após algumas cutucadinhas mais profundas. Os fabricantes garantem que os parceiros terão sensações como se os hímens fossem reais. Já gemidos e frescuras ficam por conta de cada compradora e óculos 3D talvez sejam opcionais.
- Recordo de “Tonha Toneladas de Desejos” que fazia questão de iniciar sexualmente os garotos da rua. Bastante prestativa, atenciosa e gorda tomava banho de assento em água morna com pedra-ume e fazia charminho na nossa frente. Dizia, sorridente, que apertadinha era bem melhor, mas nunca afirmou ser virgem para nenhum de nós. Aliás nem poderia porque, em algumas tardes, Tonha sentava e esparramava a água 5 ou 6 vezes daquela banheira. Por isso, de hoje em diante, digo para quem procura: cuidado com as “freiras dos importados” e com as “virgens 25 de março”. Em pensar que antes só se falava em modalidade de corno. E tenho dito!