EM BUSCA DO BRILHO DO MEU OLHAR
 
 
 
Hoje eu saí por ai chutando umas pedrinhas em busca do brilho do meu olhar, só que bati de frente no primeiro muro que encontrei, mas não o fiz das lamentações. Simplesmente, sentei-me ao pé dele e a vontade que tive foi de estirar a mão aos transeuntes, não para pedir moedas, mas pedir conversa, filosofar seria o termo exato, e com aquele que me concedesse um minuto de sua atenção trataríamos de entender e buscar através da filosofia a causa e o princípio, o porquê último das coisas,  haja vista nos ser ensinado – professor Reimberto que o diga – que ela se ocupa da totalidade dos valores que regem a vida humana, busca a guerra e a paz, o bem e o mal, a alegria e a dor. Discutiríamos juntos através dela a posição do homem no universo. Qual a sua tarefa? Por que de sua existência? Finalmente, procuraríamos entender, que filosofar é perguntar sobre, é questionar a fim de encontrar uma resposta segura para o nosso agir, é o querer saber como e porque para melhor viver, é empregar esforço para entender o que estuda o que faz, o que diz e o que pensa.
 
Também procuraríamos entender que fazer filosofia “é buscar constantemente a verdade para explicar a realidade que nos cerca. Porém jamais podemos defini-la como a posse do saber absoluto, acabado e definitivo. Nesse sentido, entende-se a postura do ser humano como sujeito da história. Homem este, que no intuito de compreender suas relações com os outros seres humanos e com o mundo, busca fazer uma reflexão crítica para construir seus valores e suas concepções”. (ainda professor Reimberto).
 
Ah, que fique dito, nenhum transeunte dignou-se a me olhar, a me dar um minuto de sua atenção, só me restou  levantar e sair tateando calçada a fora.
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 27/04/2010
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