Assassinato na Agência Centro

O fato é que não tive culpa no acontecido. Porém, por ser vigilante bancário, fui obrigado a acompanhar meu parceiro, e esse, sim, matou. Quem delatou foi a faxineira: “Ele está lá, no banheiro, escondido atrás do saco de lixo!” Saímos correndo, empunhando nossas armas ao encontro do vil animal. Meu colega entrou, pedindo que eu cercasse a porta caso tentasse fugir. Receoso, caminhou com cautela em direção ao saco de lixo, onde supostamente estaria escondida a ameaça. Puxou com cuidado o saco e... lá estava ele. Pá! Meu parceiro acertou-o de primeira, e pude ver de longe o sangue no chão. O corpo foi levado para fora da agência e colocado na calçada. Nesse momento, passava por ali um enorme gato que, sem pejo algum, abocanhou o corpo e saiu arrastando o pobre rato morto. A arma do crime foi recolocada atrás da porta e tudo ficou em paz.

Antônio Carlos Policer
Enviado por Antônio Carlos Policer em 26/04/2010
Reeditado em 29/04/2010
Código do texto: T2221277
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