EM BUSCA DO EU
 



Não sou Álvares de Azevedo, mas como ele eu também digo:”Era uma noite – eu dormia e nos meus sonhos revia as ilusões que sonhei! Deixa pra lá, isso é coisa de poeta, eu que vá me debruçar sobre as teorias de Fichte e Schelling  em busca do eu como princípio da Filosofia, partindo da natureza ao transcendental, sem saber a quem aderir, se ao sistema fichtiniano de que a natureza é apenas uma resistência oposta à atividade infinita do eu e produzida por essa atividade. Ou a Schelling, que insiste na idéia de que a natureza é tao real e tão importante quanto o eu. Afirmando ser a natureza e a objetividade aquilo que fornece à consciência o material que esta, por sua vez, reproduz. Daí, a consciência e a natureza seriam uma só unidade infinita; mas a consciência limitar-se-ia a si mesma e apresentar-se-ia a si mesma como finita e diferente da natureza. A essência do eu é espírito, a da natureza é matéria e a da matéria é força.


Schelling identifica no conceito de força o terreno comum entre a natureza e o eu. Enquanto a atração, a força é vista como objetiva, natural e material; enquanto repulsão é subjetiva e espiritual: é o eu.


Bem, agora vou para o pensatório, dar um mergulho no tempo, mais precisamente no ano de 1795, reler as Cartas Filosóficas de Schelling sobre o dogmatismo e o criticismo. Outro dia eu falo sobre isso.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 26/04/2010
Reeditado em 27/04/2010
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