O MEDO
A figura dele não sei ao certo, mas uma coisa posso afirmar era feio e me dava caláfrios na espinha, ele se deslizava como uma serpente e com tal prestes a dar o bote em uma vítima mais que indefesa.
Não pessem vocês que não tentei impedir a ele de que entrasse em minha casa, em minha vida e em meu ser, quando dei por mim simplesmente lá estava ele parado me olhando, com um olhar gélido e cortante.
Tentei expulsá-lo várias vezes, pensava que tinha conseguido. Tolice minha, ele não sumia, ele ficava bem quietinho e não deixava que eu o percebesse, mas estava lá sempre, do meu lado, as vezes em cima de mim. Me apossei de uma grande ira, mas não sabia o por que daquela ira contra mim mesmo, tentei ignorá-lo....foi inutil!
Quando a grande aranha da loucura foi tecendo suas teias em minha mente, eis que uma luz me vem do nada e me faz refletir sobre o que seria essa coisa que me afligia? Quando olho para o lugar onde ele sempre ficava percebi que não estava mais lá e que o dia estava perfeito como nunca o vira antes. Então depois de refletir muito percebi que o que mais me dava medo era o próprio MEDO!