Quem é o culpado?
Aqueles que têm me acompanhado pelas andanças literárias, conforme participação em jornal, livros e internet, devem estar lembrados o quanto tenho defendido a importância de conhecermos o máximo daquilo que represente a cultura espiritualista, mesmo porque é através dela que aprendemos a acompanhar a sequência desenhada para o verdadeiro sentido da vida neste Planeta. O mundo físico é comandado pelo mundo espiritual, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria, em conformidade com o que já demonstramos reiteradamente por aqui; e, por se tratar de uma lei divina, ela faz parte da Verdade, portanto, se não a acompanharmos conforme a sua eficácia, seremos alvos de transtornos imprevisíveis, pois, mesmo que ignoremos a sua atuação, ela será cumprida infalivelmente – essa a razão de eu estar por aqui insistindo em transmitir-lhes esses conhecimentos sobre espiritualidade, livre-arbítrio, justiça divina, leis cósmicas, forças positivas e negativas, quarta dimensão, equilíbrio espírito-matéria etc.
Tenho notado a incredulidade de muitos para admitirem a lógica da Lei de Causa e Efeito, com relação aos acontecimentos que regem o pagamento de dívidas de vidas terrenas passadas, entre os agentes assassinos e as vítimas “inocentes”, como no caso da menina Isabella, que foi alvo de tanta exploração da mídia e de exagerada sede de vingança de uma população sem qualquer conhecimento sobre ética espiritualista. A grande dificuldade para as pessoas entenderem o porquê desses acontecimentos, principalmente quando envolvendo crianças indefesas, é o fato de desconhecerem a atuação das leis divinas comandadas por Deus, portanto, ao saberem de tais barbáries, nasce uma reação normal desses incautos em se revoltarem contra os agentes dos crimes que, no caso Isabella, apresentou a agravante pelas evidências de ter sido o seu próprio pai. O maior argumento dessas pessoas está no fato de acharem uma incongruência o haver uma perpetuação das cobranças entre as partes, vida após vida, seguindo a Pena de Talião (olho por olho), porque assim nunca haverá um fim nessas formas de expiação, transformando o Mundo em um perfeito inferno astral; por esse caminho muitos se tornaram ateus, incluindo, tempos atrás, este que lhes escreve, pela impossibilidade de acreditar na existência de um deus tão omisso.
Acontece que esse deus imperfeito realmente não existe, pois ele se encontra apenas no interior da nossa profunda cultura ignorante e jurássica, cuja base é o materialismo puro, oriunda da presunção, do apego, da teimosia e da preguiça mental, que impede nosso crescimento espiritual e aumenta nosso inferno interior, cujo reflexo extrapola para o lado físico, resultando em tudo de catastrófico que está acontecendo por aí. _Então, quem é o verdadeiro culpado das desgraças que nos assolam? _Por que costumamos jogar a responsabilidade dos infortúnios sempre nas costas de outrem, esquecendo-nos de que as dívidas espirituais que não forem pagas serão cobradas, e somente daqueles que tiverem débitos?
A grande prova da existência de Deus e da Sua misericórdia está na oportunidade que nos é concedida de resgatar definitivamente as contas, sem termos de passar por grandes desastres, no momento em que, voluntariamente e laboriosamente, nos propusermos a agir de forma altruísta, para criarmos alguma forma de felicidade aos semelhantes, em detrimento dos nossos interesses. Para concretizar isso temos de aprender como seguir esse caminho, e isto só será possível através da consciência espiritual e pelo esforço do espírito de busca sobre a verdade das coisas, o que demanda o uso mais útil do tempo disponível, assim sobrando os frutos para quitação das nossas dívidas, de forma natural, sem violência. Temos um grande exemplo quando cidadãos escolhem a difícil tarefa de salvar vidas, seja no meio de um incêndio, em acidentes ou em catástrofes, com riscos de morte, e ainda sob baixa remuneração, em lugar de se proporem a ganhar dinheiro e fama como inúteis jogadores de futebol.
É pena que quase ninguém procura saber o que estamos fazendo por aqui, qual nossa missão de vida, e como agir para criarmos o paraíso em nosso interior.