DIA DA TERRA
Ontem, ao ensejo das celebrações do "Dia da Terra", ofuscada pelo desalento minha homenagem se escrevia piedosa e com débil lume.
Na quadragésima edição dessa data comemorativa, pouco li e ouvi sobre a existência do planeta que nos sustém e nos sustenta. Não se fizeram notar gestos de gratidão ou ocorrências de impacto, que simbolizassem a atenção que ele merece.
O ser terráquio, sem ter para onde ir, assemelha-se ao cidadão natural da cidade de comunidade conservadora, que por toda a vida raramente se aventura a romper uns poucos quilômetros além das divisas do horizonte que lhe é familiar. Ali, renovar a pintura, reparar o telhado, podar as árvores, cuidar da piscina, regar os jardins da casa são práticas comuns ao costume local. Assim o indivíduo demonstra zelo pelo patrimônio, mas, também, cuidado do bem-estar próprio e daqueles a quem abriga.
Não caberia ao homem igual ou maior desvelo para com seu "habitat", o que, por extensão, beneficiaria as gerações que se sucederão?
Antes que as fontes se sequem, que os solos se tornem estéreis e que o verde e a rosa se esgotem nos campos; antes que a fauna emudeça, que os polos se aqueçam e o firmamento caia sobre nossas cabeças, atentar para a manutenção e a conservação do Globo, é preciso.
Salve a Terra!