A QUEM ENDEREÇO MINHAS CRÍTICAS AQUÉM?
Semana passada foi muito produtiva para mim. Nela pude refletir, e principalmente falar, sobre vários aspectos da vida, minha e das dos outros, mais das dos outros que da minha. Falar da vida é muito bom, mesmo que seja mal, principalmente se não for a minha.
É verdade, falar mal da vida às vezes faz bem. Mas falar da parte que realmente não é boa, não esbanjar falácias a torto e à direita. Então, dirijo minha crítica...
À classe de fonoaudiólogos. Aos inescrupulosos desprovidos de ética, humanidade e conhecimento para tal, que sequer merecem serem considerados fonoaudiólogos, que iludem as famílias de crianças surdas (profundas e bilaterais) dizendo que seus respectivos filhos aprenderão a falar língua portuguesa e que é prejudicial que a criança aprenda a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Sugiro a essa corja que estude sobre aquisição da linguagem, sobre os aspectos da organização neural da linguagem e da Língua de sinais, antes que façam tais afirmações, pois além de ser uma inverdade (no bom português: mentira!), acaba por retardar toda a aprendizagem (lêem o que diz Vygotsky e outros teóricos da educação que tratam sobre a linguagem), criar simulacros de ouvintes e, em suma, acabar com a vida deste sujeito forçando-o a se parecer com uma pessoa ouvinte, o que ela não é, o que, por sua vez, não é nem bom nem ruim, apenas diferente.
Aos professores. Sim, minha crítica se destina também aos professores que como os colegas citados acima, não tem ética nem capacidade para assumirem o controle da vida acadêmica dos pequeninos e grandões, e principalmente para aqueles que se esquecem que crianças não são miniaturas de adultos, são sujeitos em desenvolvimento, DE-SEM-VOL-VI-MEN-TO. Assim sendo, eles não são obrigados a saber aquilo que você sequer teve o trabalho de informar, (o que dirá sobre ensinar) e que grita (grita não, berra!): “QUE COISA HORROROSA! TÁ ERRADO PODE APAGAR TUDO, NÃO VOU ACEITAR ISSO!”.
Ao sistema educacional que, além de ter tal profissional no quadro dos servidores, sem nenhuma avaliação psicológica, desde muito tempo deixou de ensinar para a vida e ensina para passar de ano. O que, a propósito, tornou-se a coisa mais fácil do mundo, não que deveria ser difícil, mas que fosse real. Usar as avaliações não como forma de punir, ou acertar as contas com o aluno, mas verificar se o que foi ensinado realmente foi aprendido, isso se realmente foi ensinado alguma coisa. Pois não é difícil encontrar professores que simples e tão somente pregam suas nádegas nas cadeiras e mandam os alunos abrirem o livro na página tal, ler em silêncio e fazer as atividades das páginas tais. Enquanto o aluno lê silenciosamente, sua criatividade, criticidade (que deveriam ser exploradas e incentivadas), vão, no mesmo ritmo, sendo silenciadas.
Falando em ritmo... Sinto saudade, não que eu viva do saudosismo, mas verdadeiramente sinto saudades das músicas que embalaram os anos 80 e 90, aquilo sim eram músicas! Estou dizendo música no sentido amplo: sacra e secular. Não isso que se ouve. Clamam por chuva, restauração, cura... Num ritmo único. Choram desesperados, e quando a chuva vem, clamam por misericórdia. Cantam músicas quase que eróticas, querendo vestir as roupas de Cristo, calçar as sandálias, uma intimidade que só os casais tem (e que só os casados deveriam ter). Quanto às seculares, sinceramente, nem as ouço. Meus ouvidos ainda não foram comprados para fazer deles lixão sonoro.
Dirijo também aos pais. Aos pais que não acompanham a vida escolar e social do filho e quando descobrem que o filho está atolado nas drogas ou que a filha está grávida querem por a culpa em Deus e no mundo. Não investem tempo, não acompanham na escola, mas investem em terapias em psicólogos, isso quando o poder aquisitivo permite. E ainda tem pais que por não compreenderem seus filhos dizem que os mesmos tem “um parafuso a menos”, façam-me o favor!
Dirijo minha crítica também às mulheres que não voam. Façam um favor a vocês mesmas: tenham um pouco de dignidade.
Aos homens que mijam (em português e não em espanhol, por favor não confundam) em pé, penso que essa cultura deveria mudar, tem gente que pensa que carrega uma jibóia, mas... Enfim, não levantam a tampa e respinga toda ela e ainda não limpam, como que se as mulheres fossem obrigadas a se sentar em sua produção. Porcos!
Bom, por hora essas são minhas críticas, claro que aquém do que meus pensamentos processam vertiginosamente os quais tentei traduzir aqui.