Com todo respeito
     Águida Hettwer
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Minh´alma se aninha, nas margens da poesia de um fim de tarde. Entoando cânticos em letras transmutáveis. Nem sou mais dona do meu sonhar, ás vezes projeto-me em límpido céu azul-anil, no tempo que urge logo ali na frente.
 
 
 Ando afiando a lâmina do silêncio. Experimentando o gosto do pensar. Abusando de novos tons, onde as letras não cabem num só poema, ou soneto métrico. Escapam dos dedos, são mais ligeiras e assanhadas do que eu. Roubam-me beijos, o sossego e sentimentos.
 
 
  Sem rotular um destino certo, espero no tempo, um tempo não questionável, sem pressa, sem planos sistemáticos. Contornando a alma de lápis colorido, lançando-me nas mais diversas experiências, sem medo de dar um passo e ser feliz. Em mim há pontos e vírgulas, pausas demarcando território. Na verdade seja mesmo um punhado de reticências, e ideias por concluir.
 
   Entender-me? Para que.
 
 Com todo respeito! Busco nas letras a salvação para os meus males, respiro poesia na ânsia da vida que me rodeia.
 
 
                                     
 
20.04.2010