UM OUTRO JESUS CRISTO...........

Leituras feitas dos evangelhos sobre Jesus Cristo tem sido indescritível violência com a verdade. O personagem que nos chega pela realidade histórica tem interpretações cabalísticas.

O fato histórico deve ater-se à história e ela já configura incertezas estudadas ao longo da pesquisa.

Fora a fonte dos evangelistas e a magnitude das Cartas de São Paulo, o grande arcabouço do catolicismo, o historiador contemporâneo ao Cristo, Josefo, Flávio José, deixa sacramentada sua jornada como cidadão judeu comum.

Resulta a certeza de sua passagem e a expressão de seus ensinamentos, sem nenhuma margem de dúvida.

E ocorrem os resgates cabalísticos de leituras conflitantes com a realidade a nós chegada.

Quando e onde Cristo pregou um “Evangelho de Prosperidade” para enriquecer aqueles que o acompanhassem? Bem ao contrário, ensinou a todos a dividir o que tivessem, a repartir o fruto doado pela natureza e pelo trabalho. Usufruir segundo suas necessidades. Não incentivou riquezas nem seu acúmulo, mas humildade e despojamento.

Vocifera-se e alardeia-se que seus seguidores, pelo pregão estelionatário dos que assim se portam contra seu santo ensinamento, que esse seria o direito concedido do que “se há de tomar posse”, enriquecer. É deslavada a militância criminosa religiosa que se vê na mídia, sem que nada se faça.

De onde se retira, também, como faz e ainda tenta a “teoria da libertação”, que em prol da comunidade se abra mão do livre arbítrio e se entregue a liberdade individual facultada em nome do “bem comum”, com base em um superado comunismo, esmagado pela hstória, não verificado nas “eclesias”.

Cristo não foi político e muito menos sublevador.Que bem é esse restritivo da liberdade, pregado por mentes doentes e sectárias?

A liberdade foi o maior direito facultado pelo Filho de Deus em sua didática, de tal forma que ensejou liberdade tão ampla e a tal ponto que podia a criatura violar o ensinamento de caminhar pelo caminho do mal por opção, caminho que seu pai tingiu de sombras, o pecado, o malfeito.

Dos registros conseguidos dando conta de sua passagem só uma verdade figura clara e oponente desse cabalismo das péssimas leituras dos evangelhos que incomodam, sua enorme capacidade de amar, seja de que forma for e incondicionalmente.

Foi um homem que nunca falou de sexo, tinha esse fator humano como ordem natural na frase “crescei e multiplicai-vos”. Não dava a conotação pretendida pela Igreja, que tem horror de sexo, envolvendo fato natural como ponto de divergências desnecessárias.

As dissipações, todas, naturais ou não, que se afastam do amor ensinado, que incidem em desregramento, sim, devem ser expurgadas sem proteções corporativas,como a pedofilia.

Foi um ser que clamava por “deixai vir a mim as criancinhas”, em sua paz e inocência, mas não deixou de manifestar ira quando visibilizava maldade e injustiça.

Das muitas leituras impróprias que do novo testamento se faz, a origem de Jesus como judeu que era, é uma delas, estando essa fé a esperar o Messias até hoje, e por negá-lo não tem paz, mesmo nascido datam 2010 anos no território judeu.

A Igreja católica em suas vicissitudes, na detenção do poder temporal político, negou muitas vezes o grande e maior amor pregado nos horrores das perseguições. Mas há um ponto em destaque a justificar essas leituras consideradas.

Todos que fizeram o resgate do Filho de Deus eram humanos de origem, Cristo foi o Filho de Deus, egresso de outro espaço, e o homem, a criatura, foi criada para escolher, optar, ser provado.

Da mesma forma, as instituições que falam em seu nome, que cometeram ou cometem desvios contemporaneamente, que continuam expropriando gestos criminosos para os porões das sombras ou amealhando riquezas e fazendo política em seu nome, são entidades humanas.

Ninguém pode nos rotular para entendermos o Cristo segundo exegese hermética, interpretação equivocada, Cristo facultou a todos o discernimento para compreender o que Ele singular e exclusivamente ensinou, o amor incondicional, mais nada.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/04/2010
Reeditado em 20/04/2010
Código do texto: T2208048
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