DEMOCRACIA-“SLOGAN” SOCIAL
Desde que me entendo por gente ouço falar de nepotismo, corrupção, reforma agrária...mas tudo não passa de discurso de palanque: vai tempo, vem tempo, entra governo sai governo, a matéria permanece mais viva e quente que nunca. A cada governo espera-se predominar posturas de mudanças, porque ninguém aguenta mais estas pregações que parecem “conversa pra boi dormir.” são mais de quinhentos anos de causa própria e desrespeito às normas constituídas; parece difícil detectar-se no nosso meio a ausência de tais malefícios. Esquecem suas funções primordiais, que são inquestionavelmente, prestar serviço, administrar recursos, gerar benefícios e sobretudo, resguardarem-se contra o desagradável desejo de meter a mão no que não lhes pertence- usado por muitos- com a maior irreverência!
Consideremos os seguintes fatos: Na maioria dos Estados brasileiros- conforme críticas permanentes dos meios de comunicação – o nepotismo dorme em berço de ouro, alimentado pelos impostos que todos pagamos, certos do rumo que deveriam tomar, entretanto, o que vemos é o controverso do enunciado: Grandes importâncias morrem nos bolsos da elite política pretensiosa, cômica e paradoxal, frequentemente apossando-se de direitos exclusivos da sociedade carente, predominante, que se contenta em perder sem se queixar. O nepotismo, por exemplo é uma doença crônica, enraizada em qualquer setor da vida brasileira, pública ou privada, indubitavelmente, não há um único espaço em que ele não se poste autoritariamente ali. Terrível é conceber sua radicalização no setor público, cuja imparcialidade das autoridades enche de segurança seus aproveitadores... não fosse assim, ninguém seria capaz de abusar tanto tempo deste despudor encravado na pele enfaticamente desgastada da população estressada. Comumente, assiste-se as autoridades entronizarem parentes, amigos, afilhados,descaracterizando sem escrúpulos a administra-ção pública. Incham cada vez mais a máquina, prejudicando-lhe o funcionamento, obviamente saturado, igualmente desacreditado. Qualquer um que tente aniquila-lo será engolido por ele,operacionalizando fracassos, justificativas inoportunas,cuja árvore genealógica continua a espalhar seus galhos, assim, tudo permanece no marco zero.
A reforma agrária é outro ponto cruciante: já rendeu votos a governos anteriores e continuará rendendo por séculos sem fim ou até que seus efeitos comecem a incomodar organizações internacionais mais poderosas, combatentes de latifúndios, geralmente terras griladas , de medidas não regulares e escrituras não convincentes, com certeza nas mãos de grupos que o próprio povo elege inocentemente. Neste ritmo vai um, vão dois,
vão três e o martelo nunca bate e a plebe solitária continua sobrevivendo ao custo do seu próprio sangue.
Completando o círculo evoca-se o moralismo irredutível, exaltado apenas em discernimentos,que impedido de chegar a lugar algum, adorna fantasias medievais, paixões melodramáticas, sinfonias inacabadas ou cenas de ópera bufa, enquanto as atenções se dirigem a vários pontos, focalizando novidades bem longe de concretização ou sujeitas
ao esquecimento, caso persista o marasmo buliçoso das cabeças que situam com fim, os desejos,cujos interesses se entrelaçam, afogados em dúvidas, quando se trata de decididamente solucionar prioridades, antes que as atenções se quedem a interesses particulares ligados a “eleições”, ressurreição de “jetons”, senatoria vitalícia, aposentadoria de parla-
mentares e outros apetrechos políticos insaponificáveis. Seria diferente se cada um cumprisse seu dever perante a sociedade. Não haveria enigma nem dilema; quem sabe cumprir aprende a cobrar: Aí está a essência da Democracia.