PENSAR QUE SE SENTE
Naquele dia, a despensa estava zerada, a carteira idem, sem falar no crédito. Desanimado as 11:45 h, saí sem qualquer perspectiva e sem um rumo certo.Foi então que ouvi um chamado ao passar por um estabelecimento comercial.Alguém necessitava de meus serviços.Num acerto rápido, solicitei um adiantamento para compra de material (tintas) pois, minha habilidade profissional era pintura.
Economizei, e consegui ainda comprar o suficiente para o almoço o qual até ali, era uma coisa remota e sem esperança.
Pouco depois ao levar o garfo à boca, parei subitamente. Um nó na garganta e uma lágrima que correu pelo meu rosto, foram as formas visíveis do mais puro sentimento de gratidão que senti por aquele auxílio espiritual e enteal que postou em minutos, o que faltava em minha mesa para mim e minha família.
Orei, embora naquele momento, as palavras fossem inúteis e dispensáveis diante do forte sentimento intuitivo, verdadeiro canal da oração.
Como seriam eficientes nossas orações se conseguíssemos tal, sentimento intuitivo, ao natural, sem a necessidade de uma pressão vivencial.
Se fossemos severos conosco, seria hipocrisia afirmarmos que o temos sempre quando oramos. Eu particularmente, assumo que nem sempre o tenho com tal intensidade.Verdadeiro sentimento intuitivo é muito mais profundo do que imaginamos, por isso concluo:
Pensar que se sente, não é ainda, sentir realmente!
“O momento em que o sentimento de gratidão transborda em grande alegria, bem como o sentimento intuitivo da mais profunda dor no sofrimento, forma a melhor base para uma oração, de que se pode esperar sucesso. Em tais momentos a criatura humana está traspassada por uma determinada intuição que sobrepuja nela tudo o mais. Eis por que é possível que o principal desejo da oração, seja de agradecimento ou pedido,receba força sem turvação.”
A Oração vol. 2 Mensagem do graal na Luz da Verdade de Abdruschin