A REALIDADE ROUBA A FANTASIA DO POETA
 
 

 

Cá estou , feito a poeta Kátia Drummond com uma rede esticada   na varanda esperando que a lua acenda e sem muita pressa para que o sol brilhe. O deitar e sonhar à sombra da lua pra mim já é de bom tamanho.
 
Só que ,  sem pecados pra confessar, dores e tristezas pra suportar, de amores pra falar, fica difícil de sonhar ,até para um poeta, é tudo muito real, a realidade rouba a fantasia e  isto é ruim, muito ruim, pois a fantasia é a realidade do poeta e a realidade de fato, para ele nada significa.
 
É dito(Jackie Massagardi)que o poeta finge uma dor, finge ter um sentimento, enfim, representa personalidades num palco que não é o seu. Palco das ilusões. Assim sendo, quero ser poeta por um instante; que um poeta maior desafie-me com o tema de um amor triste e  eu vos direi...  Empresta-me ó poeta palavras tuas e também farei os versos mais tristes esta noite porque estou só. Amo poeta. E com quanta intensidade amo! Vê, poeta, a noite é bela , o céu tão lindo... Mas estou triste. Sabe poeta, em noites como esta o tive ao meu lado. Havia silêncio, mãos entrelaçadas, amor, muito amor... Mas agora poeta, minhas mãos estão vazias. Estou só poeta, muito só...
 
Fantasia...? Realidade...? Vá lá saber...Afinal, um poeta é um poeta é um poeta.
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 16/04/2010
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