UM NORTE-AMERICANO QUE ADMIRO

John Fitzgerald Kennedy foi o primeiro presidente católico norte- americano e governou o País de 1961 a 1963. Um jovem presidente, vindo de uma família grande, tradicional, bonito, carismático. Uma família que, por gerações, foi marcada pela tragédia. Um presidente que levou consigo, para a Casa Branca, uma família aparentemente bem constituída. Jacqueline, a primeira-dama, foi uma mulher que marcou por seu porte elegante, pelo bom gosto e por sua postura frente aos "escapes" do marido. Dois filhos, pequeninos ainda, lindos: Caroline e John John. Uma família sempre coesa frente à mídia. A crítica especulava e não se sabe até onde vai a verdade. Mas Jacqueline se manteve à altura do seu cargo de primeira-dama, frente às conquistas amorosas do Presidente. John Kennedy, charmoso, e até pelo cargo, manteve (diziam as más línguas) romances clandestinos com mulheres famosas. Encontros, muitas vezes, na calada da noite, no Palácio Presidencial. O mais famoso foi Marilyn Monroe, cujo caso chamou a atenção quando ela cantou no aniversário de Kennedy. Boca, trejeitos e o "feliz aniversário, Sr.Presidente", não deixaram dúvidas.

Apesar disso, Kennedy foi amado pelos norte-americanos, pois representava uma nova era de esperança, paz e prosperidade. Dizia em seus discursos: "Não pergunte o que o país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país". Defendeu sempre a causa das minorias, principalmente dos negros. Lançou o desafio de chegar a Lua (Projeto Apollo) e dizia: "enviar homens a Lua e trazê-los de volta a salvo". Estadista famoso, foi duro em várias ocasiões como no caso da Guerra do Vietnã e ao ataque a Baia dos Porcos em Cuba.

Sua morte trágica, em 22/11/1963, assassinado em plena campanha para a reeleição, quando desfilava em carro aberto pelas ruas de Dallas, mais aumentou sua fama, seu prestígio. A comoção foi mundial. Lembro-me perfeitamente do fato, embora tivesse apenas 12 anos e as notícias só chegassem através do rádio e de jornais. Além da foto chocante do crime, me marcou também a figura de Jacqueline, com os dois filhos, mantendo a mesma postura que a caracterizou durante todo o seu "reinado" como primeira-dama.

Historiadores sustentam a tese de conspiração porque Kennedy teria contrariado os interesses das indústrias bélicas, ao lutar contra a corrida armamentista. Como resposta, industriais e militares poderosos teriam tramado a morte do Presidente. Seu assassino Lee Osvald, 24 anos, que trabalhava num depósito de onde foram vistos os disparos, foi acusado e preso. Quando ia ser transferido para outra prisão, também foi assassinado por Jack Ruby, ligado à máfia americana e portador de doença terminal.

Esta crônica eu dedico ao meu amigo de fé, Dante Marcucci. Porque, apesar das críticas que faço aos EUA, Kennedy foi um dos norte-americanos que admirei e hoje guardo no arquivo das minhas boas lembranças.

Giustina
Enviado por Giustina em 15/04/2010
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T2199315
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