O DIABO-DA-TASMÂNIA
Crônicas da Natureza
O DIABO-DA-TASMÂNIA
*ghiaroni rios
O marsupial conhecido como diabo-da-tasmânia, está em (sério) risco de extinção.
Dele restariam apenas 15000 exemplares. Por serem exclusivos da Tasmânia, grande ilha vizinha à Austrália, o risco aumenta muito. Para perpetuação de uma espécie esse número é nada.
Ele é apelidado de diabo devido seus tétricos gritos apavorantes dentro da noite.
A estatística, que acredito exagerada, mas assusta, é a de que 99,9 % das espécies que estiveram por aqui já desapareceram por catástrofes ou seleção natural. Como “extinção é para sempre”, e o homem tem acelerado esse processo, é hora de perguntar: quanto vale uma espécie que se varre do planeta? Em sede de licenciamento e fiscalização tenta-se valorar até mesmo espécies desconhecidas. É um jogo perigoso!
Um tipo de câncer (uma epizootia?!) estaria dizimando os assustadores bichinhos da Tasmânia. A pouca quantidade de exemplares e a forte consangüinidade permitindo muitos cruzamentos entre parentes, acelera esse processo, com data final marcada para terminar: em 30 anos. Isso se a ciência não conseguir salvá-lo. Acreditemos no esforço, muitas vezes caro, para salvar espécies, até mesmo a humana!
Em Minas, o Lobo Guará, por ser um animal solitário, que depende de extenso território como habitat, dificulta muito o trabalho dos abnegados pesquisadores que não desistem. Louvável a iniciativa de algumas mineradoras que contribuem com os projetos de proteção do Lobo Guará, que, com sua elegância e altivez, teima em sobreviver.
A luta para salvar o simpático Panda Gigante da China tem logrado êxito. Vale a pena sim tentar salvar o feio bichinho da Tasmânia.
A natureza agradece!
O autor é ambientalista/escritor