O HOMEM PÚBLICO BRASILEIRO
O maior problema do Brasil (salvo exceções) é o homem público brasileiro, a quem a população confia seus destinos. Administra mal, legisla mal, divide de ruim pra pior e acima de tudo, não cumpre as leis – (vide meios de comunicações) : Obras inacabadas, hospitais em coma, escolas decadentes e estradas praticamente intransitáveis. Seus interesses giram em torno do seu bem-estar, chutando para último plano as necessidades do
povo: saneamento básico, saúde, transporte, educação e alimentação. Há quem diga: mas... não existe uma lei que rege cada um desses serviços? – Certamente; a nossa Constituição e centenas de outras leis menores ocupam-se desse assunto, com clareza, entretanto, o que se vê na prática, mostra outra versão – em geral – as anunciadas prioridades desaparecem, dando lugar a gigantescas obras, farta publicidade, luxuosos gabinetes, sobrando para o serviço de assistência direta ao ser humano, apenas migalhas.
Reclama-se da distribuição de rendas, da riqueza acumulada em poder de poucos...aqui vai uma pergunta: Se tudo isso cai nas mãos de administradores deste porte, qual será o seu destino? Haverá justiça na partilha, honestidade na destinação dos recursos...é assim? Não responda antes de ouvir os noticiários, ler os jornais ou viajar pelo país! Tire suas conclusões observando a postura dos nossos políticos – ao mesmo tempo – inteirando-se da nossa realidade social.
Sabe-se que o país é pobre, endividado, porém rico em fertilidade do solo; desde a água até ao petróleo, passando pelo minério, esbarrando em imensas áreas de terras produtivas, espalhadas por todo o território nacional. Sabe-se ainda, que o país deixa a desejar em potencial humano competente, devidamente qualificado, porque somente através de investimento forte na área da educação pode-se formar um bom contingente de profissionais com estes requisitos; é bom lembrar que nas décadas passadas trabalhou-se em outra direção: o dito Sistema responsável pela condução do Ensino, optou por canais em que a quantidade (massificação), assumiu o lugar da qualidade (seleção), fazen-
do com que esses objetivos fossem totalmente atingidos, levando os jovens ao vazio em que se encontram no momento, desviados do seu real caminho. Como consequência, as escolas ainda mantêm seus cursos regularmente, em níveis muito abaixo do desejado. Com isso, lamentamos a falta de lideranças conscientes, fracos valores, espelhando resultados
sombrios no presente, cujo futuro a Deus pertence
Nossa esperança dorme em poucas mentes bem intencionadas que restam na política, ou no renascimento de gerações com sentimento de amor à terra, humanismo, honestidade e responsabilidade, porquanto a corrupção age como um câncer maligno. Enquanto esperamos, uma boa gana dos nossos políticos vive bem distante dos padrões da política internacional de proteção ao meio ambiente e ajuda mútua para a consolidação do presente século. Estão visivelmente ligados ao corporativismo – seu livro de bolso e à velha política de domínio público. Reagem às mudanças impondo barreiras, temerosos de perder posição, pouco importando cause ou não prejuízo ao país, assim, flutuam na miséria da população carente. Precisamos urgentemente de pessoas que lutem permanentemente pelos direitos iguais conhecidos apenas nos papéis. Constantemente fugimos da lógica: importamos filosofias, ideias e costumes – como não temos dinheiro para comprar cientistas, vendemos os nossos, logo após, pagamos caro pelas consequências emperrando o desenvolvimento, o progresso, cujos efeitos são fatais para a melhoria dos nossos padrões de vida. Não podemos viver somente de esperança, tão pouco das frustrações que nos deixa cada governo que sai.