SE A MODA PEGA
De: Ysolda Cabral
Não sou, em nenhuma hipótese, modelo de boas maneiras e/ou educação. Entretanto, no básico sou craque. É impressionante como a maioria das pessoas está esquecida das regras mais simples da boa educação. Aquelas que a gente aprende em casa com os nossos pais.
Consideração e respeito quase ninguém mais sabe o que é! Os que sabem são ridicularizados, tidos como ultrapassados e classificados de “persona non grata”. A cordialidade e a gentileza, quando existem, há outras razões por trás. As pessoas não se dão bom dia, não usam ”por favor,” “muito obrigado”; não esperam o outro calar pra falarem, e, quando falam, falam de boca cheia, alto demais e sempre querem ter razão. Sorriem as gargalhadas e por aí vai.
Outro dia estava conjecturando sobre essa nova realidade dos tempos modernos e me recomendando cuidado para essa “moda” não me pegar – porque coisa ruim pega e pega fácil – quando uma amiga que, enquanto fazia um lanche, falava sem parar. Comia, falava, bebia o refrigerante, falava e sobrava sanduíche e refrigerante pra todos os lados. – Um horror! Aquilo me deu uma aflição que não me contive – nunca me contenho – e pedi que ela engolisse primeiro para depois falar.
- E l a n ã o g o s t o u!!
A partir de então ficou me olhando atravessado. Quanto a mim, passei a observá-la melhor. Normalmente não sou boa observadora, entretanto, quando me proponho a observar alguma coisa, observo pra valer.
Foi aí que descobri que, além de falar de boca cheia, de não dar bom dia, e outras coisinhas mais, quando ela espirra faz “chover” pra tudo que é lado. Nunca tinha visto nada igual! - Que coisa!!! (Rsrs)
Não perdoei e na hora, meio de brincadeira, lhe sugeri que fosse morar no alto sertão, pois lá se precisa de muita chuva.
Ela me fulminou com o olhar e foi embora sem se despedir!!!!.
E, foi assim que ganhei uma "arquiinimiga".
Será que estou ficando com tolerância zero ou a “moda” me pegou?