Com ares de Sorbonne
Existem cidades que nascem para serem escolas. Concentram salas de aula para seus filhos, para os de outras cidades e regiões, como também para renomados professores e dedicados ao ensino. Vejam Campinas, em São Paulo. Caracterizou-se pelo ensino que fez dela uma grande Universidade, a Unicamp. Não é por menos que dizem ter Cajazeiras ensinado a Paraíba a ler, na figura emblemática do Padre Rolim. Certamente foi assim com Paris, Salamanca na Espanha (1218) e Bologna na Itália (1088), que disputam origem e renome universitário na Europa. Destaca-se a Sorbonne (1257), na Île de la Cité, cercada pelas águas do Sena, sob o teto episcopal e entre os andaimes da histórica Notre Dame. Bem se vê no filme de Clive Donner, “Em nome de Deus”, o professor filósofo Pedro Abelardo, nas suas preleções filosóficas e teológicas, entre amores e paixões de Heloísa, na França do século XII. Razão haveria dessa escola francesa se tornar modelo, desde então, aos portugueses e aos brasileiros.
João Pessoa vivencia, há muito tempo, desde o Brasil Império, essa predestinação ao ensino superior. Em 1823, na ocasião da Assembléia Geral Constituinte, o parlamentar paraibano Joaquim Manoel Carneiro da Cunha alvitra nossa cidade como “vocacionada” para ser universidade. Dizia que a Parahyba possuía mais do que outras províncias recursos humanos, acomodações, “clima ameno e quase nenhuma distração” para disturbar os estudos mais profundos do terceiro grau, as especulações jurídicas e filosóficas.
O Governador Castro Pinto, extraordinário na área da Educação, criou a Escola de Comércio e a Universidade Popular da Paraíba. A partir de 1952, surgem, em João Pessoa, sistematicamente, cursos isolados, reunidos por José Américo de Almeida na Universidade Estadual da Paraíba, entregue ao educador Durmeval Trigueiro Mendes.
Em 1960, com decisivo apoio do Ministro Abelardo Jurema, Juscelino Kubitschek federalizou UEP. Hoje é a Universidade Federal da Paraíba, espalhada por Lynaldo Cavalcanti em vários campi, e dividida em UFPB, UFCG e, quiçá, a Universidade Federal do Sertão. Em 1972, o UNIPÊ inicia o ensino superior, em instituição privada (Autônoma), que seguido pelo IESP e outras IES fazem de João Pessoa uma imensa universidade. Em tempo, o governador Tarcísio Burity reabre as portas da UEPB.
A Paraíba, como se verifica, é celeiro de cultura, um estado de artes, de letras, de academias. Resta ao seu povo experimentar essa riqueza, autoestimar suas qualidades para que suas potencialidades não se esvaeçam.
Existem cidades que nascem para serem escolas. Concentram salas de aula para seus filhos, para os de outras cidades e regiões, como também para renomados professores e dedicados ao ensino. Vejam Campinas, em São Paulo. Caracterizou-se pelo ensino que fez dela uma grande Universidade, a Unicamp. Não é por menos que dizem ter Cajazeiras ensinado a Paraíba a ler, na figura emblemática do Padre Rolim. Certamente foi assim com Paris, Salamanca na Espanha (1218) e Bologna na Itália (1088), que disputam origem e renome universitário na Europa. Destaca-se a Sorbonne (1257), na Île de la Cité, cercada pelas águas do Sena, sob o teto episcopal e entre os andaimes da histórica Notre Dame. Bem se vê no filme de Clive Donner, “Em nome de Deus”, o professor filósofo Pedro Abelardo, nas suas preleções filosóficas e teológicas, entre amores e paixões de Heloísa, na França do século XII. Razão haveria dessa escola francesa se tornar modelo, desde então, aos portugueses e aos brasileiros.
João Pessoa vivencia, há muito tempo, desde o Brasil Império, essa predestinação ao ensino superior. Em 1823, na ocasião da Assembléia Geral Constituinte, o parlamentar paraibano Joaquim Manoel Carneiro da Cunha alvitra nossa cidade como “vocacionada” para ser universidade. Dizia que a Parahyba possuía mais do que outras províncias recursos humanos, acomodações, “clima ameno e quase nenhuma distração” para disturbar os estudos mais profundos do terceiro grau, as especulações jurídicas e filosóficas.
O Governador Castro Pinto, extraordinário na área da Educação, criou a Escola de Comércio e a Universidade Popular da Paraíba. A partir de 1952, surgem, em João Pessoa, sistematicamente, cursos isolados, reunidos por José Américo de Almeida na Universidade Estadual da Paraíba, entregue ao educador Durmeval Trigueiro Mendes.
Em 1960, com decisivo apoio do Ministro Abelardo Jurema, Juscelino Kubitschek federalizou UEP. Hoje é a Universidade Federal da Paraíba, espalhada por Lynaldo Cavalcanti em vários campi, e dividida em UFPB, UFCG e, quiçá, a Universidade Federal do Sertão. Em 1972, o UNIPÊ inicia o ensino superior, em instituição privada (Autônoma), que seguido pelo IESP e outras IES fazem de João Pessoa uma imensa universidade. Em tempo, o governador Tarcísio Burity reabre as portas da UEPB.
A Paraíba, como se verifica, é celeiro de cultura, um estado de artes, de letras, de academias. Resta ao seu povo experimentar essa riqueza, autoestimar suas qualidades para que suas potencialidades não se esvaeçam.