QUE FUTURO ESPERA POR NÓS?
Há uma razoável visão de futuro para a humanidade, o caminho escolhido dirá onde iremos chegar. Do feudalismo ao capitalismo e ideologias diversas tentadas pode-se colher alguma antevisão. As grandes inteligências se posicionam com lógica diante da historicidade.
Pergunta-se, poderíamos voltar à década de setenta e viver sem as facilidades tecnológicas de hoje, celulares e computadores?
A maioria dirá não. Correu-se para a tecnologia e a industrialização de forma febril. E isto é normal, o homem procurará eternamente a novidade, e a novidade, diz o nome, está no novo, na curiosidade em achar o novo. Para achar o novo se desenvolveu a indústria que pede tecnologia. Passamos a crescer. Ninguém quer deixar de crescer, ficar estagnado, precisamos crescer ao menos 3% ao ano. É a didática econômica.
Crescimento, capital, consumo, distribuição de riquezas mal efetivada. Achatados os salários pelo capital, ou inexistentes praticamente todos os salários quando regulados pelo estado comunista, árbitro de talentos e faculdades pessoais, onde não há destaque da inteligência pelos dons que trazem mais salário, porém salário ideal, que remuneraria a sobrevivência digna (mera hipótese superada), chegou-se ao impasse dos dois polos contrários.
Se o comunismo retirou o maior bem do homem depois da vida, a liberdade e, por isso ,só tem crédito em mentes desaparelhadas para o que é essencial, o capitalismo mostrou que não se pode achatar salários incentivando o consumo pelo crédito, melhor dizendo, crédito que não se pode pagar e que vira dívida, que vira “bolha”, que vira crise, que assola o mundo.
A amostragem está em curso, a crise não acabou, assistimos a ponta do iceberg colocar a advertência. A continuar a trilha pelo caminho das extremidades chegaremos a porto nenhum seguro.
A roda de distribuir melhor a renda, deixar de concentrar tanto o capital, elevar o salário para que haja consumo e não dívida, consumo que não seja selvagem, comprar por comprar, precisa girar no curso certo. Tudo sob o inigualável princípio da liberdade com responsabilidade.
A não se iniciar este caminho, a dita globalização engolfará a todos em crise sem proporções, é questão de tempo, e o tempo ao tempo pertence.
O homem precisa encontrar o caminho do meio, crescer não só em tecnologia, industrialização e novidades, mas crescer em pensamento, como pessoa.