Analisando Thalia

Hoje resolvi parar para analisar Thalia, se é que este é um direito que me assiste. Thalia foi uma grande amiga de infância e que, muito nova ainda, casou-se. De lá para cá “aposentou-se”, mesmo que inconscientemente, dos amigos, dos tios, dos primos e de tantas pessoas que sempre a amaram. Sempre foi dócil, bonita, cabelos lisos e pesados, olhos pretos muito expressivos e uma boca que muitos desejavam. Mas Thalia escolheu o “seu mundo” e nele ficou. Teve filhos, dedicou-se de corpo e alma a eles, cuidou de familiares, trabalhou, mas sequer “caminhou pelo mundão que existe aqui fora”.

Os anos passaram, os filhos cresceram, começou a ter mais tempo, alguns fatos inesperados aconteceram e Thalia, subitamente, renasceu ...

Renasceu como uma criança pronta para esperar o presente de aniversário.

Renasceu para a sua beleza e passou a cuidar melhor de si.

Renasceu para a família que havia deixado perdida sem perceber.

Renasceu para o trabalho, que sequer sabia o significado.

Renasceu para a sua auto-estima, há tantos anos adormecida. E Thalia me prometeu há poucas semanas atrás:

- “De agora em diante serei outra!”

E, quando eu estava querendo dizer o quanto estava feliz com isto, ela complementou:

- “Mas será que ainda há tempo para isto?”

Tempo, tempo ... o tempo!

Só ele para abrandar a minha alma, trazer-me mais calma, mostrar-me o grande caminho que tenho pela frente. E tudo o que tenho de projetos em mente. Só ele para me fazer renascer, crescer, remexer na minha vida, para melhor viver...

E eu lhe disse:

- Thalia: sempre há tempo! sempre!

Rosalva
Enviado por Rosalva em 13/04/2010
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